Manoela Morais dá exemplo da luta dos estudantes pela democracia, diz Zeca Dirceu

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O deputado federal Zeca Dirceu (PT) destacou que nesta quinta-feira, 11, Dia do Estudante, os atos em pelo menos 50 cidades brasileiras em defesa da democracia e contra as ameaças golpistas à ordem constitucional e ao Estado Democrático de Direitos. “Estudantes, professores e representantes de instituições, entidades e da sociedade civil se ergueram e estão dando uma resposta, um basta ao ataques e os atentados contra a democracia. Chega de retrocesso, o povo brasileiro quer paz, comida na mesa e emprego”, disse Zeca Dirceu, membro titular da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Zeca Dirceu comentou, emocionado, a fala da presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, Manuela de Morais Ramos, durante a leitura da carta pró-democracia na Faculdade de Direito da USP. “Há uma nova realidade nas universidades, nas escolas e nos institutos de educação. Manoela foi clara e exemplar. Sua fala, além de emocionar, nos traz luz e esperança que o país vai retomar as políticas públicas para um novo ciclo de desenvolvimento com inclusão social e a plena liberdade democrática”.

Manuela Morais defendeu que a mobilização não deve ser apenas uma reação a intenções golpistas, mas um pacto coletivo em favor do povo brasileiro. “Somos jovens negros, periféricos, fruto das universidades públicas, das quebradas e das favelas. Temos lutado permanentemente para garantir que essas conquistas sejam um ponto de não retorno e não a exceção da regra”, disse a estudante de 19 anos.

Geração – “Não queremos a democracia da fome, a democracia das chacinas e a dos ricos. Queremos a democracia da diversidade, dos trabalhadores, uma democracia real. Queremos a democracia dos povos.Mas sabemos que o caminho para esse processo passa por uma luta contra qualquer retrocesso. Em nome de todos eles conclamamos, ditadura nunca mais”, disse a segunda mulher a presidir o centro acadêmico.

“Jair Bolsonaro ataca as liberdades democráticas não apenas quando não apenas quando questiona a segurança das urnas ou quando vocifera contra as instituições. Os cortes bilionários nos recursos da educação também são ataques à democracia. A democracia sangra quando o governo nomeia interventores nas reitorias das nossas universidades”, completa.

O deputado federal afirmou que Manuela Morais, assim como Renato Freitas e Ana Júlia, fazem parte da geração de jovens que frequentou as escolas públicas entre 2003 e 2016. “O Paraná saltou de uma universidade federal para três (Unila e Fronteira Sul),o IFPR está presente em 26 cidades paranaenses e a UTFPR em 13. Além disso, os estudantes puderam acessar o ProUni e o Fies, programas criados e aperfeiçoados neste período. Este é o legado que faz brotar manuelas, renatos e anas e milhares de estudantes em busca de cidadania e democracia plena”.

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