Matriz São João Batista de Foz abre centenário com programação religiosa neste sábado (15)

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Matriz São João Batista de Foz abre centenário com programação religiosa neste sábado (15)
Foto: Divulgação/Assessoria

A caminho do centenário, a igreja São João Batista abre as comemorações do jubileu com programação religiosa neste sábado (15), às 19h. Na Santa Missa haverá acolhida das imagens de São João Batista e de Nossa Senhora das Graças, como parte da 2ª Campanha das Talhas de Caná. A programação toda segue até segunda-feira, 24 de junho, dia do padroeiro de Foz do Iguaçu, da Diocese e da matriz.

A novena começa no domingo (16) e prossegue até sexta-feira (21) quando começa a parte festiva com festa junina, ação entre amigos, exposições de fotografias antigas, venda de souvenires, tradicional almoço com feijoada, venda de bolo de São João, com medalhas do santo, e muita diversão.

Na sexta-feira, 21 de junho, às 9h, está programada uma solenidade de moção de aplauso do centenário, na Câmara Municipal.

Para celebrar a festa de São João Batista e fazer memória ao santo padroeiro, todas as paróquias da Diocese de Foz do Iguaçu terão novena em honra ao santo precursor do Messias.

Por portaria do bispo da Diocese de Foz, Dom Sergio de Deus Borges, as paróquias poderão celebrar a solenidade de São João Batista no 12º Domingo do Tempo Comum, dia 23 de junho.

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Na segunda-feira, dia 24, a Santa Missa será às 10h, na Paróquia São João Batista, celebrada pelo bispo e concelebrada por todos os padres da Diocese. Antes disso, haverá carreata e benção dos automóveis a partir das 8h30, pelas principais ruas e avenidas da cidade.

Importância

Para Dom Sergio de Deus Borges, a Paróquia São João Batista, desde sua origem, foi e é um espaço para o crescimento na fé, nos valores que sustentam a vida cristã, valores que fortalecem as famílias e permitem aos jovens olhar o presente com coragem e o futuro com esperança”.

Portanto, ainda segundo o bispo, “celebramos hoje os frutos da primeira Paróquia de Foz do Iguaçu, da evangelização e missão realizados, e que dali surgiu a nossa Diocese.”

Segundo padre Willian Paiva, pároco da igreja, esse é um grande momento de celebração memorial e afetiva da matriz, da Diocese e da cidade, que tem como padroeiro o nome do santo da igreja. Ele convida a todos para participar dos festejos. “Será uma festa linda para toda a família de Foz e visitantes em geral”.

Acompanhe a programação da festa do centenário da matriz e não perca um só dia.

Sábado, 15 de junho, às 19h, abertura da 2ª campanha das Talhas de Caná com acolhida das imagens de São João Batista e de Nossa Senhora das Graças em preparação para o centenário da paróquia.

Domingo, 16 de junho, às 19, primeira noite da campanha com o tema “São João Batista nos defenda na batalha contra o mal” e lema “A verdadeira libertação”

Segunda, 17 de junho, às 19h, segunda noite da campanha, com o tema “São João Batista, voz que clama no deserto” e lema “Aquele a quem amas está doente”

Terça-feira, 18 de junho, às 19h, terceira noite da novena com o tema “São João Batista precursor do Messias” e lema “Hoje a salvação entrou em tua casa”

Quarta-feira, 19 de junho, às 19h, quarta noite da campanha com o Tema “São João que batizou a Jesus Cristo” e lema “Buscai as coisas do alto”.

Quinta-feira, dia 20 de junho, às 19h, quinta noite da novena com o tema “São João Batista mártir da verdade” e lema “É preciso dizer não a esse mundo”

Sexta-feira, 21 de junho, às 19h, santa missa de encerramento da campanha com o tema “São João Batista pregador da conversão” e lema “Convertei-vos e crede no Evangelho”.
Dia 21, sexta-feira: solenidade de moção de aplauso do centenário, na Câmara Municipal. Horário: 9h
Dias 21, sexta-feira: abertura dos festejos com quermesse e comidas típicas às 18h. Logo após Santa Missa e depois, dança junina com o pessoal do pós-crisma.

Dia 22, sábado, às 16, festa junina

Dia 23, domingo: Santa Missa, seguida da bênção do bolo de São João Batista. Logo após, será servida a nossa tradicional feijoada. Horário: 10h. À tarde, sorteio da Ação Entre Amigos

Dia 24, segunda-feira: dia de fundação da igreja e do santo padroeiro de Foz do Iguaçu e da matriz. Carreata pelas ruas da cidade, às 8h30. Às 10h, missa solene com o bispo Dom Sergio de Deus concelebrada por outros padres da paróquia e da Diocese.

Uma nova matriz

Totalmente restaurada com novos vitrais, artes sacras e portas, a igreja faz parte hoje de um grande circuito turístico religioso e cultural do município.

A cidade cresceu juntamente com a comunidade da igreja católica, que tem como berço a matriz São João Batista. A igreja faz parte da história de Foz do Iguaçu já nos primeiros anos do município. Primeiro templo católico da cidade, era inicialmente uma pequena capela de madeira, erguida em 1924, num terreno doado pelo prefeito Jorge Schimmelpfeng em 2016, que foi posteriormente substituída por uma igreja de alvenaria após um incêndio ocorrido em 1925.

Demora

A construção da nova igreja foi demorada, como conta Donald Fernandes Bernal em sua tese para obtenção do título de doutor em Sociedade, Cultura e Fronteiras, pela Unioeste. A igreja abriu ao público somente em 1942, mas até que a torre com os sinos fosse definitivamente finalizada, apresentando a igreja com a aparência que tem atualmente, levou ainda mais uma década.

Depois disso, ainda houve várias mudanças no prédio que abriga o templo católico. As mais importantes, lembra o autor da tese de doutorado, ocorreram no final dos anos 1970 e em 2013. Em 1978, concluída a reforma, a matriz se tornou a Catedral da Diocese de Foz do Iguaçu, o que durou até 2007, quando voltou a ser paróquia (a Catedral Nossa Senhora de Guadalupe estava em construção desde 2003, na Vila A de Itaipu). Valdir Garbin é o arquiteto responsável pelos projetos recentes das reformas da paróquia.

Foz do Iguaçu nos anos 1920, quando surgiu a capela que hoje é a Igreja Matriz São João Batista, tinha uma pequena população, mas heterogênea. A cidade tinha 1.480 habitantes, dos quais a maioria – 1.275 – era de estrangeiros, principalmente argentinos e paraguaios.

A escolha do padroeiro

Os primeiros cristãos tinham o costume de invocar os santos para que os ajudassem em sua vida de fé. Quando, em uma localidade, um santo era invocado por muitas pessoas, ele se tornava o padroeiro daquele lugar. Na história da Igreja, esse costume tornou-se muito comum no século VII e até hoje faz parte da realidade católica através das festas dos padroeiros.

Os relatos sobre a escolha de São João Batista como padroeiro de Foz do Iguaçu apresentam pelo menos duas versões diferentes. Em linhas gerais, diz Mac Donald Fernandes Bernal, autor da tese de doutorado sobre a matriz São João Batista, as versões “não chegam a ser conflitivas, podendo ser ambas consideradas”.

Uma delas é de que São João Batista como padroeiro da cidade passa pela devoção de Dona Alzira, esposa do diretor da Colônia Militar, João Soares Neiva de Lima. Ela doou uma pequena imagem do santo para a primeira celebração realizada na capela erigida na colônia em 1924, próximo ao local onde se encontra a igreja atualmente.

Outra versão aponta o fator fluvial local como determinante para a escolha. A presença dos rios Paraná e Iguaçu na região teve influência direta na escolha de São João, que pregava e batizava à beira do Rio Jordão, conforme a narrativa bíblica. A comunidade foi receptiva e viu a escolha do padroeiro como providencial.

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