Ativista dos direitos humanos, a psicóloga Mazé Saad tem um grande desafio neste ano eleitoral. Em plena divergência interna, ela assumiu a presidência da Frente Brasil Esperança (PT, PV e PCdoB) com a missão de superar as discussões frente a escolha da direção nacional da federação pela candidatura de Airton José (PSB) a prefeito de Foz do Iguaçu. Para aumentar o volume de trabalho, Mazé vai comandar a própria campanha já que é pré-candidata do PCdoB a vereadora em 6 de outubro.
“É um desafio muito grande para trazer a unidade de três pensamentos diferentes mas que tem o mesmo objetivo. A eleição para prefeito em uma cidade com as características de fronteira e para consolidar, perenizar, as políticas públicas nas áreas de educação, saúde, segurança, assistência social e cultura. Um prefeito para este trabalho e com este perfil deve estar alinhado com as ações e as defesas que o governo Lula (PT) está fazendo no País”, disse.
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A perenização do qual Mazé fala trata-se de programas como o Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular, Pé de Meia, Novo PAC, Desenrola e o Bolsa Família. “O governo Lula, através de seus programas e com o apoio da Itaipu Binacional, é o melhor parceiro parceiro de Foz do Iguaçu em décadas. Só pela Itaipu, os novos investimentos somam R$ 2 bilhões e atendem várias áreas na cidade e não se trata das grandes obras em execução”, disse
Direitos Humanos
“Em Foz serão construídos, por exemplo, um centro cultural, uma policlínica, uma unidade da Casa da Mulher Brasileira e mais de 770 moradias. Estamos prestes a resolver a situação do hospital municipal e serão retomadas as obras de conclusão da Unila.Não é pouca coisa e é o governo Lula que está fazendo”, completa.
Mazé Saad diz ainda que Foz do Iguaçu avançou na defesa dos direitos humanos e dos direitos sociais e lembrou como exemplo a criação do Comitê da Pessoa Migrante, Refugiados e Apátridas em 2017 que culminou na formalização do plano municipal de políticas para migrantes, refugiados e apátridas, com protocolos e guias nas áreas de assistência social, educação e trabalho.
“É um plano para orientar as políticas dentro do município, baseado nas legislações nacionais e algumas leis municipais de garantia de direitos do migrante. É um grande avanço dentro da da legislação de proteção do migrante que soma-se às ações nos direitos humanos nessa faixa da fronteira, notadamente dos direitos da mulher, da pessoa idosa, da criança e das minorias e da igualdade racial”, disse.
OP e luta
Uma das coordenadoras das duas edições do Orçamento Participativo, Mazé Saad vai defender a inclusão do programa no plano de governo da frente que se formará na candidatura de Airton José. “É um programa muito representativo para as comunidades e moradores dos bairros. É a democracia aplicada na prática, é a população definindo as suas prioridades, onde vai ser aplicado o dinheiro público”, disse.
“O orçamento participativo deve se tornar uma lei municipal e uma política pública que perpassa os governos porque além de ser muito efetivo, incentiva a participação popular e mobiliza os moradores”, completa Mazé Sadd.
Mazé Saad, que mora em Foz do Iguaçu desde 1996, é psicóloga, formou sua família e criou seus dois filhos, Pedro e Paulo, além de ser tutora de sete cães. Nos últimos seis anos foi diretora da Secretaria de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade. “Desde cedo, aprendi que a luta se faz junto à comunidade, pelos direitos básicos das pessoas (saúde, educação, habitação, trabalho decente e transporte)”, disse ao destacar que esta pauta que levará na Câmara de Vereadores a partir de 2025.
“Minha luta é por justiça social, por igualdade racial e de gênero, pela solidariedade e pela paz, pelos direitos humanos, seja em manifestações públicas ou com minha participação cidadã em conselhos municipais e na construção de políticas públicas”, completou.