O movimento foi intenso no primeiro dia da reabertura da Ponte da Amizade, fechada durante 6 meses e 27 dias em função da pandemia do novo coronavírus.
A reabertura ocorreu pontualmente às 5 horas da manhã conforme haviam anunciado os governos do Brasil e do Paraguai. Embora inicialmente anunciada como aberta para moradores fronteiriços, por se tratar de cidades-gêmeas, a migração paraguaia informou que não tem como fiscalizar a origem de quem entra no país. Dessa forma, quase todas as pessoas conseguiram atravessar.
A alegria era notável tanto de brasileiros que entravam no país vizinho, como paraguaios que estavam ansiosos para voltar a fazer compras em Foz do Iguaçu. “Eu não via a hora dessa ponte reabrir”, comentou uma paraguaia que atravessou a ponte em direção ao Ceasa.
Até o fechamento desta matéria, ainda não havia uma contabilidade oficial sobre o número de veículos que cruzaram a ponte nos dois sentidos, mas o vai e vem foi intenso e esperançoso para os povos dos dois países, especialmente os que vivem na fronteira mais movimentada do Brasil.
Perto das 14 horas, quando os veículos seriam impedidos de entrar no Paraguai, as autoridades estimavam um movimento de 40% em relação aos dias normais.
“Temos um ingresso de 40% de veículos em relação aos dias normais”, disse o chefe regional de Migrações, Adrian Mieres, em entrevista à Rádio 1080 AM. Ele explicou que os números oficiais seriam divulgados no final do dia.
Mieres afirmou que todos os brasileiros que ingressaram no Paraguai deveriam retornar no mesmo dia.
Movimento
Os comerciantes de Ciudad del Este também estavam esperançosos com o retorno do movimento. A estimativa era um aumento de 30% no volume de vendas. Poderia ser bem melhor se o dólar não estivesse cotado em R$ 5,80.
“O movimento de veículos é intenso nos dois sentidos, e isso nos reanima”, comentou Ivan Airaldi, da Câmara de Comércio de Ciudad del Este. “Praticamente todos reabriram suas lojas, prepararam suas mercadorias e recontrataram 10.000 trabalhadores, que haviam sido demitidos”, acrescentou.
Ele acredita que o movimento aumentará muito, mesmo com o dólar alto, levando-se em conta as compras de final de ano. “O importante é que a ponte foi reaberta e isso representa o início de uma nova era”.
Por: GDia