Controle, vigilância, protocolos e fluxo de atendimentos foram destacados pela equipe técnica, que conheceu toda a estrutura assistencial do município
Representantes do Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) encerraram nesta quarta-feira (19) uma visita técnica de três dias a Foz do Iguaçu, onde conheceram toda a estrutura assistencial e de vigilância do município no combate à dengue.
A reunião final com o balanço do cenário das arboviroses e apontamentos da comitiva aconteceu no auditório da Vigilância Epidemiológica e contou com a presença do prefeito Chico Brasileiro, da secretária da saúde Rose Meri da Rosa, representantes da Atenção Básica, Assistência Especializada, Laboratório Municipal, Centro de Controle de Zoonoses, Hospital Municipal Padre Germano Lauck, UPAs e 9ª Regional de Saúde.
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A avaliação do Ministério foi positiva com relação à estrutura e organização do município no enfrentamento à doença, desde as ações de vigilância, controle e monitoramento, até o atendimento nas unidades de saúde, UPAs e Hospital Municipal.
Durante a apresentação, a equipe pontuou como assertivas as notificações realizadas pelo município, a divulgação dos dados epidemiológicos, o plano de contingência, os fluxos estabelecidos com o atendimento para dengue A e B nas unidades de saúde e tipo C e D nas UPAs e Hospital e a realização do hemograma em tempo oportuno.
A busca ativa dos agentes comunitários de saúde aos usuários com sintomas da doença, o prontuário integrado entre os serviços, o grupo de trabalho com a participação dos gestores e a vigilância entomovirológica também foram elogiados pela equipe. De acordo com eles, Foz do Iguaçu é exemplo no enfrentamento à dengue e na atenção aos casos de chikungunya.
O prefeito Chico Brasileiro agradeceu a visita da equipe, elogiou trabalho integrado da rede de saúde e aproveitou a oportunidade para solicitar o apoio do Governo Federal no tratamento à doença, especialmente à população de fronteira.
“A rede pública de saúde municipal tem um impacto muito grande porque atende não só Foz do Iguaçu como também os brasileiros que residem no Paraguai, paraguaios e argentinos. O município, historicamente, tem essa defasagem de repasses para saúde já que atende uma população estimada em um milhão de pessoas cidades de fronteira e moradores dos oito municípios próximos” comentou.
Avaliação
Para a secretária da Saúde, Rose Meri da Rosa, a avaliação positiva dos técnicos do Ministério comprova que o planejamento e as ações adotadas pelo município se mostraram exitosas. “Eles conheceram toda a nossa rede e as iniciativas adotadas pelo município no protocolo de atendimento à dengue. Essa avaliação foi muito positiva e nos deixa mais confiantes na condução dos trabalhos. Sabemos que vivemos um período de epidemia de dengue, mas essa validação prova que estamos no caminho certo”, afirma.
O diretor presidente do Hospital Municipal, André Di Buriasco, disse que a visita da equipe foi uma oportunidade de conhecer a realidade de uma região de fronteira. “Foi muito positiva essa visita, pois se tratou de uma troca de conhecimentos e informações onde o grupo visitante pôde identificar o cenário diferenciado de uma tríplice fronteira”, disse.
A equipe técnica recebeu todas as informações sobre o fluxo de atendimentos a pacientes com dengue – desde a entrada nas Unidades de Pronto Atendimento – UPAs, até o manejo dentro do hospital.
O município também solicitou ao governo federal a retomada dos debates sobre a saúde em regiões de fronteira. “Nossa realidade, enquanto fronteira, com grande número de atendimentos de paraguaios e brasiguaios é algo que precisa ser discutido novamente. O Governo Federal possuía um sistema integrado de fronteira, que foi desativado em 2016, mas é importante que este debate seja retomado”, afirmou Rose.
Casos
Foz tem até o momento 3.196 casos confirmados de dengue, 5 óbitos e mais de 35 mil notificações para doença. Os casos de Chikungunya somam 127 de residentes em Foz, 237 de não residentes e 820 notificações.
