Ministério Público pede o inquérito que apurou a morte do Guarda Municipal de Foz

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O Ministério Público do Paraná (MPPR) solicitou ontem, o inquérito da Polícia Civil que apurou a morte do Guarda Municipal Marcelo Arruda pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho. Ato na manhã de domingo (17) no centro de Foz do Iguaçu pediu pela paz e reabertura e federalização das investigações. As autoridades vão investigar o possível envolvimento de outras pessoas.

Marcelo Arruda comemorava os 50 anos em um clube na Vila A, quando o policial penal invadiu a festa. O motivo seria o tema do evento, em homenagem ao PT e o ex-presidente Lula. Guaranho, que é militante bolsonarista, não teria gostado da temática ao ter acesso as imagens do evento, segundo a Polícia Civil. Ele foi até o clube com a esposa e a filha de três meses no banco de trás do carro. As informações são de GDia

Após uma discussão, como mostram vídeos do monitoramento, o policial saiu e retornou 20 minutos após sozinho. A esposa do Guarda Municipal, que é da Polícia Civil, tentou impedir Guaranho que começou a atirar já do lado de fora. A vítima, mesmo do chão, conseguiu alvejar o atirador antes de morrer. O inquérito descartou a qualificação de crime político, o que provocou reações.

O MPPR comunicou em nota que, com a juntada de Relatório Final pela Polícia Civil e conclusão do Inquérito Policial nº 0017806-68.2022.8.16.0030, “o feito passa a ser, doravante, de responsabilidade conjunta do Promotor de Justiça com atribuição natural para o caso, em exercício junto à 13ª Promotoria de Justiça (apuração de crimes dolosos contra a vida), Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva”.

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Também vai acompanhar o andamento das apurações o Promotor de Justiça designado pela Procuradoria-Geral de Justiça para o caso (Resolução nº 4887), o Coordenador do Núcleo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Foz do Iguaçu (Gaeco), Tiago Lisboa Mendonça.

Pela paz

Na manhã deste domingo, um ato na Praça da Paz pediu a paz no mundo e reabertura da investigação, uma vez que ainda não foi feita a perícia do celular de Guaranho, já solicitada pelo MPPR. A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, participou da mobilização e voltou a defender a federalização da apuração dos fatos.

“Nosso companheiro Marcelo foi vítima de um crime político”, disse Gleisi. O ato contou também com participação do ex-governador Roberto Requião (PT), do prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro (PSD), do deputado estadual Tadeu Veneri (PT), lideranças religiosas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do MST, indígenas e sociedade.

Deputados acompanham investigações do assassinato de militante petista em Foz

Os deputados estaduais que integram a Comissão Parlamentar instituída para acompanhar as investigações sobre a morte do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, chegaram ontem pela manhã em Foz do Iguaçu. Eles passaram o dia se reunindo com autoridades responsáveis pela investigação, parentes da vítima e testemunhas que estavam na festa.

A Comissão é formada pelos deputados Tadeu Veneri (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, Arilson Chiorato (PT) e Delegado Jacovós (PL). Entre os temas de interesse do grupo estão a necessidade de apreensão do telefone celular da vítima, a quebra de sigilo telefônico e telemático, a recusa ao acesso ao inquérito pelos advogados, entre outros.

Para Veneri, a condução do inquérito, cuja conclusão descartou a qualificação de crime político, merece um exame mais apurado por parte da Comissão. Nesta terça-feira (19), a Comissão se reúne em Curitiba com a delegada Camila Cecconello, que chefiou o inquérito, e com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti.

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