Oito sindicatos e o Centro de Direitos Humanos assinaram um manifesto para tentar impedir o fechamento da Promotoria do Trabalho em Foz do Iguaçu, um órgão ligado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que atua na defesa dos direitos dos trabalhadores na região. A decisão de encerrar as atividades já vinha sendo discutida há meses, mas só agora foi oficialmente anunciada.
O MPT informou que vai fechar três unidades no Paraná: Foz do Iguaçu, Pato Branco e Campo Mourão. O motivo alegado é a redução de custos, com uma economia prevista de R$ 1,5 milhão por ano. Com o fechamento, os atendimentos que eram feitos em Foz do Iguaçu passarão a ser realizados na unidade mais próxima, em Cascavel.
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As entidades sindicais argumentam que a Promotoria do Trabalho é essencial para proteger os direitos dos trabalhadores na região, combatendo abusos como exploração e irregularidades trabalhistas. “Durante anos, o MPT tem sido fundamental na defesa dos trabalhadores e no combate a injustiças. Fechar essa unidade é um grande retrocesso”, diz o manifesto assinado pelos sindicatos.
Na última sexta-feira, o procurador-geral do MPT no Paraná, Alberto Emiliano de Oliveira Neto, esteve em Foz do Iguaçu para uma reunião com sindicatos, representantes da OAB, vereadores e membros da Procuradoria Geral do Município. Ele garantiu que a cidade não ficará sem atendimento, mas explicou que haverá apenas um escritório menor e que, sempre que necessário, um procurador virá a Foz para tratar dos casos mais urgentes.
Mais tarde, no mesmo dia, uma nova reunião foi realizada na sede da OAB, onde ficou decidido que os representantes da cidade vão levar a reivindicação até Brasília. O presidente da OAB Foz do Iguaçu, Rogério Botelho, anunciou que será feita uma carta aberta, assinada por lideranças locais, para pressionar o governo a manter a Promotoria do Trabalho na cidade. “Vamos levar essa demanda ao procurador-geral do MPT e a outras autoridades para tentar reverter essa decisão”, afirmou.
A mobilização continua, e as entidades esperam conseguir apoio para impedir o fechamento da unidade, que há anos desempenha um papel importante na proteção dos trabalhadores de Foz do Iguaçu e região.
