O novo empreendimento vai conservar parte da história da Santa Casa e também de Foz do Iguaçu
A demolição do que restou da estrutura da Santa Casa de Foz do Iguaçu, no centro da cidade, começou em 09 de novembro. No dia 24 do mesmo mês, a antiga caixa d’água foi ao chão e no dia 30 foi iniciada a retirada dos entulhos.
Com o fim da demolição, no começo desse mês, a previsão dos empreendedores é concluir a retirada dos entulhos até a metade de janeiro do ano que vem.
O projeto, que vai revigorar toda a região central da cidade, em uma área de 16 mil metros quadrados, pretende também valorizar a história da Santa Casa Monsenhor Guilherme, o primeiro hospital de Foz do Iguaçu.
O imóvel foi adquirido por um grupo de empresários de Cascavel (PR), que pretende revitalizar toda a região com um grande empreendimento.
Espaço temático – Os empreendedores, que são da região, vão resgatar parte da história do Hospital com um espaço temático, uma espécie de memorial, destinado a preservar, com fotos e documentos, a memória da Santa Casa Monsenhor Guilherme, que por tantos anos foi referência na região quando o assunto era saúde.
Nesta semana, após a finalização da demolição da antiga estrutura, foi possível ver o pórtico, construído no fim da década de 1940, que foi conservado. A primeira estrutura da Santa Casa era de madeira.
Histórico – Para fazer o resgate histórico da instituição, onde mais de 100 mil pessoas nasceram, os jornalistas Izabelle Ferrari, Jackson Lima e Eloiza Dal Pozzo já entrevistaram mais de 20 pessoas, inclusive ex-prefeitos da cidade. Também fazem parte do grupo de pesquisas, a irmã e sócia de Izabelle, Kathlen Ferrari, e o fotógrafo Rafael Bechlin.
Eles são os responsáveis por fazer o levantamento, buscar documentos e depoimentos de profissionais, pacientes e de pessoas que tiveram alguma relação com a Santa Casa.
Izabelle Ferrari disse que vários documentos já foram resgatados e que o material deverá ser concluído em breve.
O levantamento será compartilhado por meio de uma publicação e também com a criação do memorial, que vai unir parte da história de Foz ao futuro da cidade.
A Santa Casa – A Santa Casa Monsenhor Guilherme, que por muitas décadas foi referência no atendimento hospitalar no oeste do Estado e que recebia também paraguaios e argentinos, foi desativada em 2006, após a falência da entidade filantrópica que administrava a instituição.
Desde então, a área onde o hospital estava instalado, foi abandonada e a estrutura vinha sendo depredada.
O imóvel foi leiloado duas vezes e, por fim, vendido para o grupo de empreendedores, que pretende revitalizar e valorizar ainda mais a cidade, como um todo.
Assessoria de Imprensa