Segundo o Simepar, última chuva significativa na região ocorreu em março. Agricultores estimam perdas nas produções
A última chuva significativa no oeste do Paraná foi registrada no fim de março, conforme o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). Em Cascavel e região, a estiagem tem prejudicado quem mora na área rural.
Na propriedade do agricultor Álvaro Antônio, em Santa Tereza do Oeste, a falta de chuva está atrapalhando o desenvolvimento da lavoura.
“A parte mais para trás [da plantação] está mais bonita, e aqui deveria estar como está lá trás. A gente acaba nem colhendo este pedaço. Eu e minha lavoura podemos contar com 30% de quebra”, contou.
O produtor Paulo Orso ampliou a área e plantou 20% a mais de milho. Depois do atraso no plantio, por causa da demora para colher a soja, a seca ainda tem causado problemas.
“Demorou para colher, demoramos para plantar e aí tivemos esse atraso de 30 dias. Esse atraso já traz uma perda de produtividade. Aí plantamos e dali a pouco iniciou a seca, que e permanece até hoje, fazendo com que tenhamos uma quebra significativa.”
De acordo com a agricultora Irozentina Ferreira, quando a família dela chegou às terras que comprou, há quatro anos, em Guaraniaçu, a água do poço era abundante. Mas depois foi diminuindo, até que um segundo poço foi necessário.
Atualmente, os dois poços não são suficientes, pois sem chuva, a água não chega até a torneira. A família precisa puxar no balde e jogar um pouco na bomba, para não ter que tomar banho de caneca.
Conforme o governo do estado, por causa da estiagem prolongada, em algumas regiões, rios e poços tiveram redução de 25% a 60% na quantidade de água.
“Chuva expressiva vai demorar um pouco para chegar ao oeste do Paraná. No começo de maio as frentes frias não devem chegar ao começo da região. Só pelo dia 10 é que pode chover, mas de modo geral, maio vai ser um mês com chuva abaixo da média”, disse o meteorologista do Somar, Fábio Luengo.
De acordo com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), apesar da falta de chuva, o abastecimento da cidade está dentro da normalidade e, por isso, não há expectativa para a necessidade de rodízios.
Entretanto, conforme a gerente geral da companhia, Rita Camana, a população de Cascavel e região deve evitar o desperdício de água nas próximas semanas para o abastecimento não ser prejudicado.
As informações são de G1 Globo