Moradores de Foz do Iguaçu pagaram mais de R$ 133 milhões em impostos

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Os moradores de Foz do Iguaçu pagaram R$ 133 milhões em impostos municipais, estaduais e federais no primeiro semestre deste ano. Apesar de alto, o montante sofreu uma queda de 14,2% quando comparado ao mesmo período de 2020, que registrou uma arrecadação de 154,9 milhões.

O balanço tem como base os dados captados pelo “impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado a calculadora encerrou a contagem por Foz em um total de R$ 312,4 milhões. O volume superou municípios de porte semelhante como Toledo (194,4 milhões), Francisco Beltrão (R$ 87,9 milhões), e Pato Branco (R$ 70, 7 milhões).

No Paraná, o acumulado entre 1° de janeiro e 30 de junho totalizou R$ 71,5 bilhões. Na contramão de Foz, o Estado registrou um aumento de 19,5% na arrecadação. No mesmo intervalo de 2020 foram contabilizados R$ 57,6 milhões em impostos coletados. Os tributos pagos pelos paranaenses correspondem a apenas 5,59% do total de contabilizado no Brasil.

Em nível nacional, o acumulado atingiu a marca de R$ 1,2 trilhão nos primeiros seis meses de 2021. A marca de um trilhão foi alcançada ainda em maio, fato que aponta que os contribuintes devem pagar mais dinheiro para os cofres públicos neste ano, já que em 2020 o montante foi atingido no final de junho.

Segundo o Impostômetro, foram determinantes para o alcance dessa marca o aumento da inflação, a desvalorização do real frente ao dólar e o crescimento da economia em alguns setores como os relacionados ao aumento das importações, à indústria, à saúde, aos grandes varejistas e ao comércio considerado não essencial.

Brasileiro trabalha 151 dias só para pagar impostos

Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que houve um crescimento no número de dias trabalhados somente para pagar impostos. No ano de 2001, eram necessários 130 dias de trabalho para pagar os tributos todos. Hoje são necessários 151 dias, um aumento de 16%. O mesmo levantamento aponta que todos os tributos somados equivalem a 41% do salário do brasileiro.

“Várias prestações de serviços e o comércio estão sendo muito afetados na pandemia, mas atividades que geram muitos impostos cresceram bastante também. Alguns exemplos são as exportações, que estão em alta, e o montante das vendas em supermercados que, além de estar muito elevado, ainda proporciona maior arrecadação por conta dos preços dos produtos que vêm subindo”, disse Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo.

Entenda o cálculo

O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos, incluindo as multas, juros e correção monetária. O levantamento feito pelo sistema utiliza como base de dados, na esfera federal, a Receita Federal Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No estado, são apurados os dados disponíveis no Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), das Secretarias Estaduais de Fazenda, Tribunais de Contas dos Estados e Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.

Os valores municipais são obtidos por meio das informações divulgadas pela Secretaria do Tesouro Nacional e dos executivos que expõe os dados, conforme determinado por lei. O montante por município contempla as arrecadações de tributos como IPTU, ISS, ITBI, Taxas e Previdências Municipais, além do montante das transferências constitucionais realizadas pela União e pelo Estado.

As informações são de GDia.

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