O valor de impostos pagos no 1° semestre de 2023 por Foz cresceu 6% em comparação a 2022
Um montante de R$ 157 milhões. Esse foi o valor em impostos pagos pelos moradores de Foz do Iguaçu no primeiro semestre de 2023. O levantamento tem como base o “impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que acompanha a arrecadação em todo o país em tempo real e disponibiliza os dados para consulta pública.
O montante refere-se ao período de 1° de janeiro a 30 de junho. O valor arrecadado nos primeiros seis meses deste ano superou em R$ 8,7 milhões o volume recolhido no mesmo intervalo de 2022, que contabilizou R$ 148,3 milhões. O crescimento foi de 6%.
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Recorda o GDia que em todo o Paraná o acumulado de tributos somou nos últimos meses R$ 84,4 bilhões. O volume também cresceu no estado em relação ao ano anterior. De acordo com os dados, em 2022 foram arrecadados R$ 79,7 bilhões, cerca de R$ 4,7 bilhões a menos. Os tributos pagos pelos paranaenses correspondem a apenas 5,59% do total de contabilizado no Brasil.
Em nível nacional a sondagem revela que a arrecadação de tributos no primeiro semestre atingiu R$ 1,5 trilhão. A marca de R$ 1 trilhão foi alcançada no dia 26 de maio, cerca de sete dias antes do que foi registrado em 2022. A antecipação e o aumento, segundo o economista da ACSP, Marcel Solimeo, deve-se principalmente ao crescimento da inflação.
“A alta de impostos que tivemos aconteceu pelo aumento da inflação, que incide diretamente nos preços dos produtos e eleva a arrecadação. Isso mostra o maior apetite dos governos nos três níveis por impostos, o que em geral não retorna à sociedade na mesma proporção em serviços e investimentos públicos”, disse.
Brasileiros trabalharam até 27 de maio somente para pagar tributos
Neste ano, os brasileiros trabalharam até o dia 27 de maio (147 dias) apenas para pagar tributos.Apesar do número alto, foram dois dias a menos que o total trabalhado em 2022 para pagar impostos: 149 dias.O dado é de um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que realiza anualmente a estimativa com base na carga tributária do país.
O total gasto para pagar impostos sobre renda, patrimônio e o consumo corresponde a 40,28% do rendimento médio dos brasileiros.O Brasil é um dos países com maior carga tributária e menos retorno para a população, de acordo com o IBPT. Para comparação, em 2003, esse valor era de 36,98%.
Na análise, a média de dias trabalhados por década dobrou. Nos anos 1970, eram necessários em torno de 76 dias para pagar os tributos, enquanto nos anos 2020 o número saltou para uma média de 151 dias.
Destinação
De acordo com informações da Receita Federal, os impostos pagos pelos brasileiros vão para o custeio de pesquisas, produção agrícola e industrial, segurança pública, cultura, esporte, saúde pública, transporte e meio ambiente.
Neste contexto os impostos arrecadados vão para o Governo Federal. Depois ele os distribui para União, estados e municípios. O único problema, segundo a ACSP, é que tudo isso é bem explicado na teoria, mas o fato é de que o retorno esperado nem sempre aparece.
Isso é mostrado pelo Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes). Ele é obtido a partir da soma da carga tributária com relação ao PIB com o Índice de Desenvolvimento Humano. São levados em consideração na análise os 30 países com maior cobrança de impostos. O Brasil faz parte, estando em última colocação desde o início do levantamento, em 2011.