Morre a jornalista Roseli Abrão

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O jornalismo paranaense ficou mais órfão nesta terça-feira (23). Faleceu no final da madrugada a jornalista Roseli Abrão, devido a complicações após ter sido diagnosticada com tumores no cérebro.

Referência no jornalismo político do estado desde a década de 1970, Roseli Abrão, era formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (turma de 1972) e começou sua carreira, ainda estudante, na sucursal do jornal Folha de Londrina, em Curitiba.

Em 1972 começa a trabalhar no jornal O Estado do Paraná, onde permaneceu por 13 anos como repórter, chefe de reportagem e editora. Em 1985 começa a trabalhar no Correio de Notícias onde permaneceu até o fechamento do jornal, em 1995.

Foi no Correio que começou a trilhar o caminho do jornalismo político, primeiro editando a coluna “Política & Políticos” e, posteriormente, assinado sua própria coluna.

De 1995 a 2.000 trabalhou no jornal “Diário Popular”, onde também assinou uma coluna política. De lá para cá, sua coluna passou a ser editada no jornal horaH e no site horaHNews.

Paralelamente ao trabalho em jornais, atuou em campanhas eleitorais, na Agência Estadual de Notícias (governos Alvaro Dias e Roberto Requião), assessorou partidos políticos e, por seis anos, editou o jornal da Assembleia Legislativa do Paraná. Atualmente ela editava o site RoseliAbrão.com.

Casada com António na Cunha Santos, Roseli Abrão era natural de Guarapuava e deixa três filhos e três netos.

A equipe Cabeza News se solidariza com a família e amigos de Roseli, uma referência para todos os profissionais da cobertura política paranaense.

Foto: Divulgação/Facebook Roseli Abrão

Romanelli lamenta a morte da jornalista Roseli Abrão

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) lamentou nesta terça-feira, 23, a morte da jornalista Roseli Abrão, servidora da Assembleia Legislativa,. “Perdemos uma das melhores jornalistas da cobertura política no Paraná. Roseli acompanhou por décadas o trabalho dos deputados e os bastidores de todo processo legislativo da Assembleia”, disse Romanelli.

Roseli Abrão foi internada no último dia dia 2 na Santa Casa de Misericórdia, quando foi operada seu já estava em estado gravíssimo e não resistiu o pós-operatório. “Uma pessoa generosa e tratava com respeito as suas fontes. É um sentimento de perda muito grande. Que deus conforte à sua família, amigos e todos nós que admirávamos, e muito, a Roseli”, completa.

Formada pela UFPR, Roseli Abrão foi uma das primeiras jornalistas especializadas em política no Paraná. Trabalhou nos jornais O Estado do Paraná, Folha de Londrina, Correio de Notícias, Hora H. Participou de dezenas de campanhas eleitorais majoritárias, de governador, senador e prefeito. Trabalhou no governo do Estado e na Assembleia Legislativa. Criou o Blog da Roseli Abrão. Atualmente, aposentada, trabalhava na assessoria do deputado Anibelli Neto (MDB).

Torcedora fanática do Atlético Paranaense, era casada há 45 anos com António da Cunha Santos. Deixou três filhos, uma neta e dois netos.

“Sempre muito discreta, era a pessoa mais generosa que conheço. Ela era louca por livros. Lia quatro livros por semana. Até o finzinho, ela mantinha uma assinatura da liglivro. Onde ia, carregava alguma coisa pra ler”, diz a jornalista Débora Yankilivich.

Abaixo uma homenagem de Gilmar Cardoso, advogado, escritor e colunista do Cabeza News:

UM SER DE LUZ, RESPEITO, ÉTICA E CREDIBILIDADE. MORREU A ROSELI ABRÃO, SE É QUE A ROSE MORRE!

“A Roseli Abrão é uma das maiores jornalistas do Estado, revelação da velha guarda que venceu o preconceito feminino na área e ainda estava firme, destacada e em plena atividade; ela que acompanhou a evolução profissional com categoria e a devida atualização, tendo passado pela Redação dos principais órgãos de Imprensa paranaenses, anotando nos caderninhos, gravando matérias e entrevistas com fitas K7, datilografando na máquina de escrever até chegar à modernidade da Internet e inclusão de notícias na hora do acontecimento.

A Coluna (blog) que leva e imortaliza seu nome na história assim como ela própria, tem conceito, respeito, bom nome e principalmente, credibilidade. A sua informação era séria e confiável. O jornalismo fica menor e mais pobre. Perde um talento, um dom e uma escrita de fácil entendimento, com raciocínio lógico e conhecedor das tramas e bastidores da política e do Poder.

Perdemos todos, eu particularmente vejo partir para o Oriente eterno uma amiga leal, companheira de trabalho e sábia conselheira. Ausência sentida e lacuna eterna, a melhor no que fazia – na busca de fontes seguras e noticiar com imparcialidade e sem desinformação (fake news) e que, com uma nova missão deixa-nos órfãos.

Rogamos a Deus a nós e a vós conceda bem-estar, conforto e um caminho de paz e de luz. Possam os anjos velar seu sono pelo muito que amou e trabalhou!

Descanse em paz, amiga. A Manchete ganha um definitivo ponto final sem reticências; enquanto a vida anuncia um próximo e inédito capítulo”.

(GILMAR CARDOSO, amigo, advogado e poeta).

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