Morre Fernando Craviola, maestro referência no cenário musical de Foz do Iguaçu

WhatsApp
Facebook
Maestro Fernando Craviola, mentor de uma legião de guistarristas de Foz do Iguaçu desde os anos de 1980 (Foto: Arquivo pessoal/Facebook)

Foz do Iguaçu perdeu, neste domingo (8), o maestro Fernando Craviola, fundamental na formação de uma legião de guitarristas e outros músicos da região a partir dos anos 1980.

Fernando começou a se sentir mal por volta das 16h, vindo a falecer logo em seguida. A suspeita é que ele tenha sido vítima de um infarto fulminante. Seu corpo está sendo velado em uma capela do Cemitério Municipal São João Batista até as 15h.

Natural de Olinda (PE), Fernando Craviola chegou em Foz do Iguaçu na década de 1980 e junto com Buiú (bateria) e Aldo no contrabaixo (em memória), formou a Banda do Tempo, que marcou época no circuito underground e de bares e clubes da cidade e região. Apaixonado por rock n Roll, o maestro influenciou guitarristas e público em geral a curtir Rush, quase uma novidade para quem estava começando no estilo.

Pelas redes sociais, muitos ex-alunos, músicos e amigos lançaram uma campanha de solidariedade para ajudar nos custos de velório do maestro. Quem quiser contribuir, pode enviar Pix para o telefone 45984018769, de Andressa Cristhyne da Costa Schoefel Elvira. A maioria aproveitou para fazer postes ou comentar em postagens sobre ele, para deixar mensagens de solidariedade a família e recordar lembranças de quando o conheceram.

“Meu amigo, meu ídolo desde 1987 quando o conheci, juntamente com o baixista Aldo (in memorian). Músico dedicado, pessoa querida, alma boa, profissional da música em vários estilos musicais”, comentou o musico William Nunes. “Siga na Luz, querido amigo Fernando Craviola – um exemplo de pessoa!!”, ressaltou.

“Descanse em paz Fernando. Grande referencia da musica local”, comentou o vocalista Giovani Fagundes, o Lixo (Reação Química). “Pensa num cara gente boa. Lembro qdo a banda do tempo iria ensaiar no Studio do ze, qtos carnavais, sempre qdo via parava pra conversar e lembrar desses momentos. Descanse em paz amigo”, concluiu.

O guitarrista e ex-aluno Rodrigo Prates desejou sentimentos aos amigos e família . “Posso dizer que, o Fernando foi meu primeiro professor de guitarra, apesar de eu ter apenas algumas poucas aulas com ele. Foi ele quem me incentivou muito a continuar na música, eu tenho até hoje os exercícios que ele me passou na época”.

O também guitarrista Robert Rafagnin, o Bobi, disse que o mastro foi inspiração para a maioria dos guitarristas do final dos anos 1980 e início dos 1990. “Era o cara que a maioria de nós nos inspiravamos, naquela época eu achava surreal alguém tocar Sultans of Swing do Dire Straits, e ele o fazia com maestria. Ainda nos tempos da saudosa primeira banda punk de Foz do Iguaçu o Desordem, ensaiavamos no estúdio “Monsters” do amigo Jose Luiz Pereira (o Lobinho) e naquela época havia uma banda da qual eu achava surreal, chamada Banda do Tempo”.

“Graças a estas duas figuras (Fernando e Aldo) que eu tinha como referência na minha adolescência que hoje sou quem sou em relação a música, Que Deus o receba com carinho Fernando , agora tu brilha no Céu”, concluiu Bobi.

Paixão por guitarras

“1988 me matriculei na escola de música. Cheguei com minha guitarra Dolphin preta, entrei na sala e meu professor estava lá. Um guitarrista recém chegado de Olinda-PE. Ele se apresentou e perguntou de cara:”De que banda você gosta?” KISS – Respondi”, lembra o guitarrista Richie Venialgo. “Em seguida ele me disse. Sei tocar essa música. Pegou a guitarra e fez o clássico riff de GOT TO CHOOSE. PIREI!! obviamente”.

Venialgo conta que foi ele que apresentou para o maestro o mestre Yngwie Malmsteen, que ele não conhecia. “Na aula seguinte levei dois LPs do guitarrista sueco e desta vez quem PIROU foi meu professor. Tempos depois falei pra ele que o Malmsteen tinha lançado uma guitarra pela Fender. E eu disse: “Você precisa dessa guitarra!” Anos depois eu fiz a arte da capa do disco solo dele”, revelou o guitarrista, ao informar que o maestra estava com o instrumento citado.

“Todos os músicos de Foz do Iguaçu sabemos a importância para a cultura da nossa cidade, o grande músico, o cara tão legal que era Fernando Craviola. Obrigado pelas nossas conversas, carinho enorme, por ter me ensinado a tocar GOT TO CHOOSE (Kiss) , TOKYO ROAD (Bon Jovi), por ter me emprestado sua Craviola nas minhas primeiras gravações em 1995, pela sua amizade. Força minha querida Luanna Costa pela perda de seu companheiro”, concluiu Richie Venialgo.

Mais notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *