Morte de Tarcísio Meira acende alerta: imunizados respondem por 3,7% dos óbitos por Covid

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O Brasil está de luto. Faleceu ontem o ator Tarcísio Meira, aos 85 anos, que não resistiu às complicações causadas pela Covid-19. Ele e a esposa, a atriz Glória Menezes, de 86 anos — que segue em recuperação após também contrair o coronavírus — já haviam tomado as duas doses da vacina contra a doença pandêmica.

Em seu perfil no Instagram, o ator chegou a fazer uma publicação em 16 de março, mostrando ele e a esposa tomando a segunda dose do imunizante. “Segunda dose da vacina está okay, meus amigos. Mas não podemos nos descuidar. Ainda devemos usar máscara e manter o distanciamento social”, escreveu o ator na ocasião.

Infelizmente, porém, foi justamente num descuido que Tarcísio e Glória acabaram contaminados, segundo o relato de Mocita Fagundes, esposa de Tarcísio Filho. “Estavam isolados e num descuido foram contaminados. Essa doença é traiçoeira”, afirmou Mocita ao comentar numa rede social sobre a situação dos sogros.

Além de Tarcísio Meira, o músico Nelson Sargento e o jornalista Fábio Campana foram algumas das outras vítimas da Covid-19 que contraíram a doença e acabaram falecendo mesmo após completar o ciclo vacinal contra o coronavírus. Mas por que isso acontece?

imunizados são 3,7% das vítimas do coronavírus

Uma pesquisa da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia das universidades estaduais USP e Unesp, revela que pelo menos 9.878 brasileiros que morreram por Covid-19 já haviam tomado as duas doses da vacina ou a aplicação única do imunizante da Janssen.

O levantamento, feito com base em dados do Ministério da Saúde, analisou os casos registrados entre 28 de fevereiro e 27 de julho. E o resultado mostra que o grupo de pessoas que completaram o ciclo vacinal equivalem a 3,68% do total de óbitos por Covid no período, com um risco maior de óbito justamente entre os idosos com mais de 70 anos, o que reforça a necessidade dessas pessoas e daqueles que com eles convivem manter o distanciamento social e o uso de máscara.

Primeira dose protegeria apenas 30% contra a variante Delta

Segundo o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, a variante Delta tende a crescer em circulação no estado neste segundo semestre. Essa é mais uma situação que reforça a necessidade de manutenção dos cuidados contra a Covid-19, já que essa nova cepa, descoberta na Índia, garante apenas 30% de proteção àqueles que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).

Até ontem, conforme dados da Sesa-PR, 6,34 milhões de paranaenses haviam tomado ao menos uma dose do imunizante contra o coronavírus, o equivalente a 72,8% da população adulta no estado. Dentre os vacinados, contudo, apenas 2,59 milhões completaram o ciclo vacinal (29,7% da população vacinável).

Com informações de Bem Paraná

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