MP recebe denúncia de criação de cargos para “abrigar” comissionada na Câmara de Curitiba

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A vereadora Maria Leticia Fagundes (PV) protocolou na Promotoria do Patrimônio Público do Ministério Público do Paraná (MP-PR), pedido de investigação supostas ilegalidades no Projeto de Lei nº 005.00051/2019.

A matéria, apresentada pela Comissão Executiva da Câmara de Curitiba, na prática cria mais um cargo que seria destinado para “abrigar” uma comissionada na Casa de Leis.

A proposição revoga a Lei Municipal 14223/2013 e sugere alterações na estrutura organizacional do legislativo.

Entre as alterações está a criação de novo cargo comissionado no quadro de funcionários da CMC.

É o de “Assessor de Controle de Admissibilidade e Redação Legislativa da Comissão de Constituição e Justiça”, com salário de R$ 12.393,83.

“É justamente a criação deste cargo que está sendo questionada por Maria Leticia, que aponta indícios de desvio de finalidade e ofensa aos princípios da impessoalidade e da moralidade”, destaca o portal Porém.

De acordo com a vereadora, a proposta pode estar tramitando com urgência no legislativo com o intuito de favorecer uma servidora que já trabalha na CMC.

A denúncia justifica-se pelos prazos curtos da análise do PL na Procuradoria Jurídica e nas comissões internas junto à uma correspondência eletrônica que circulou no sistema interno (SPL) da CMC.

Encaminhado pela servidora Jussana Carla Marques, diretora do Departamento de Plenário e Processo Legislativo (Deprole), o e-mail solicita “urgência máxima na aprovação destes projetos por causa da situação do Charlesson e da Rhuanita”.

A correspondência eletrônica teria sido recebida por engano por uma ex-assessora que encaminhou ao conhecimento da parlamentar.

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