“Muita gente quer antecipar o processo eleitoral’, afirma o prefeito Chico Brasileiro

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Prefeito de Foz do Iguaçu é o primeiro entrevistado do quadro “Quatro Perguntas” da nova plataforma digital do GDia

O prefeito Chico Brasileiro disse que não está “satisfeito 100%” com o desempenho da sua administração. “Sinceramente, é muito difícil a gente ficar satisfeito quando a gente vê que a máquina pública, muitas vezes na sua burocracia, termina não cumprindo os prazos que a gente estabelece, que idealiza”, disse ele ao quadro “Quatro Perguntas”, da nova plataforma do portal GDia.com.br.

“E por que não consegue?”, indagou o prefeito, para logo responder: “Porque muitas vezes uma licitação que você lança, aprova, faz todo processo legal, depois uma empresa desiste da obra, você tem que relicitar”. Com isso, a demora vai 30, 60 e até 90 dias para retomar um processo que poderia já estar concluído, anotou Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.

“Então esse processo burocrático que mais me angustia, às vezes até me irrita, porque isso emperra a máquina pública”, desabafou Brasileiro. De acordo com ele, isso faz com que muitas vezes a cidade fique esperando a entrega de um serviço que não é entregue em função dos problemas burocráticos e legais.

Abaixo a íntegra do quadro

Reforma tributária
O prefeito também comentou que a “tão sonhada” reforma tributária representará uma grande “dor de cabeça” para a cidade. Isso porque os municípios não entraram na discussão, não tiveram “acesso prévio” e não foram consultados. “Agora que já passou pela CCJ da Câmara é que estamos enxergando os riscos da aprovação da forma que está”, ressaltou.

Na avaliação de Brasileiro, o texto retira o imposto que é uma grande fatia de receita dos municípios, o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). A reforma também reparte o ICMS, que hoje o município tem direito a 25%, não por produção, não pela qualidade do município que produziu.

A distribuição será pelo número de habitantes. Isso é um prejuízo imenso para um município como Foz do Iguaçu e outros importantes do Brasil, avalia. “Então, estamos nos reunindo com diversos prefeitos, vamos lutar para que essa reforma tributária saia, mas que não prejudique os municípios”, disse.

Brasileiro afirma que quem mais atende a população é justamente as Prefeituras. “Não é em Brasilia, na Capital Federal, é sim nos municípios que a gente precisa desses impostos para atender bem o cidadão”.

Campanha
O prefeito também falou sobre o andamento dos projetos e ações do programa de governo, apresentado na campanha eleitoral. “Nós trabalhamos todos os dias com aquilo que a gente apresentou à população. É claro que muitas coisas ainda não foram realizadas, executadas. Outras estão em execução e outras estão em planejamento ou em processo licitatório”, disse.

Brasileiro afirmou que sua gestão não irá se “distanciar” do plano de governo. “Esse é o nosso foco, juntamente com nossa equipe para que possamos entregar até o final do nosso mandato, que termina em 2020 com, o máximo possível daquilo que a gente apresentou de propostas”.

Reeleição
A última pergunta ficou reservada aos planos futuros de Brasileiro. De acordo com ele, o foco é o trabalho, “é continuarmos em cima do nosso plano de governo, de nossas ações, realizando obras, fazendo aquilo que precisa ser feito para melhorar a vida do povo de Foz do Iguaçu”.

“Pensar em campanha nesse momento é confundir processo eleitoral com plano de governo e não quero confundir isso”, disse. O prefeito lembrou que Foz teve eleições em 2017 e em 2018, “e teremos em 2020. O único ano desses quatro anos que não tem eleição é 2019 e muitas gente quer antecipar o processo eleitoral”.

Brasileiro disse que não vai “entrar nesse jogo” e que a dedicação é com os compromissos com o povo. “Que é trabalhar, buscar desenvolver a cidade e buscar fazer as políticas públicas funcionarem, esse é o meu objetivo, principalmente no ano de 2019, que é um ano que não existe no calendário eleitoral”, concluiu.

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