Pegar a estrada, apontar um rumo e seguir. O plano está mais para utopia nestas épocas de quarentena do coronavírus.
O #NaEstrada chega para contribuir um pouco com o humor de quem está confinado, sem sair do lugar, como diz a música.
Bora seguir um roteiro rápido, de carro, cortando a Argentina, pela conceituadíssima Ruta 14 até a fronteira do Uruguai e a capital Montevidéu.
O Cabeza NEWS convida o leitor para, em pequenos relatos e muitas fotos, embarcar nesta aventura: um bate-volta de cinco dias partindo de Foz do Iguaçu (Brasil), cortando rodovias da Argentina até Montevidéu e Punta del Este, no Uruguai.

Quem embarcar, tem à frente pelo menos duas rotas distintas de percurso – a Ruta 14 ( já conhecida do grupo) e as rodovias brasileiras com defeitos quase que intransitáveis e pedágios absurdos.
A escolha recaiu na primeira opção, com partida na manhã do dia 02 de janeiro de 2019 por Puerto Iguazú e a paciência necessária na imigração argentina.

Pela frente, mais de 300 quilômetros na RN12 até Posadas, a capital da província de Misiones e ponto escolhido para o acesso à Ruta 14.


No trecho muitos rios e lagos que integram a bacia do rio Uruguay, um dos principias da região sul da América do Sul.

Quase 600 quilômetros na Ruta 14 até o primeiro pernoite, em Concórdia, na província de Entre Rios.



A volta ao trecho não foi diferente, céu carrancudo e pista molha e nossa saída à direita.

No segundo dia alcançamos o solo uruguaio, na fronteira da argentina Colon com a cidade de Paysadu.



Logo na entrada, chama a atenção um museu do automóvel a céu aberto, com relíquias que há muito não são vistas nas ruas do Brasil.

A maioria dos veículos (ou seriam todos), estão fora de circulação.

O percurso diferenciado com a chegada em Montevidéu, depois de mais de 500 quilômetros rodados, aconteceu no início da tarde.


Impressiona as primeiras imagens do porto no rio Uruguay, que dá a impressão se tratar de um oceano – só impressão.


Em solo uruguaio os primeiros e intensos contatos com a beleza da arquitetura, ruas e cenários da capital.




Também a vida portuária onde tem uma feira gastronômica incrível e as margens do rio Uruguay.






No terceiro dia, mais Montevidéu e suas características ruas e ruelas, calçadões, teatros, museus, artesanatos, culinária…








Num bate-volta tudo é rápido. Não tem tempo a perder, pernar é preciso!











O rio Uruguay tem praias bastante concorridas no verão.









E rápido foi nosso giro em Punta del Este, na foz do rio Uruguay com o Oceano Atlântico.

O trajeto é curto, 130 quilômetros, e a dica é uma ida rápida (os preços por lá são estratosféricos).



Em meio às areias brancas de Punta del Este, chama a atenção a escultura La Mano.




Bate-volta é assim, hora de voltar para o trecho.


A volta, ah, a volta para o Brasil. Optamos por fazer um caminho diferente e incluir o Rio Grande do Sul no roteiro.



Percebemos na prática que a opção rodoviária pela Argentina foi a melhor.

O percurso atrasou um pouco, escolhemos Uruguaiana para nosso último pernoite da expedição.



Partimos para o regresso ao solo argentino em busca da Ruta 14.



De volta ao trecho, curtindo as paisagens da Ruta 14.


Quando se está no trecho, as curvas das rodovias imitam a vida, que por mais torta que pareça, é preciso seguir em frente.



Fotografias:
Ronildo Pimentel (texto)
Nádia Moreira de Souza
Cleverson Lima
Felipe Lima