Na primeira etapa, nova ponte será exclusiva a caminhões vazios, diz RF

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Foto: Roger Meireles

O consórcio responsável pelo projeto lançou, nesta quarta-feira (27), a última das 37 aduelas, completando a integração da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, na região de Foz do Iguaçu (veja matéria na página 03). Após a conclusão da obra e do primeiro trecho da Perimetral Leste, a estrutura deve ser utilizada para a saída de caminhões vazios em direção ao país vizinho. A informação é do delegado da Alfândega da Receita Federal Paulo Bini.

A nova ponte, deve entrar em operação até o final do ano, logo após a conclusão do primeiro trecho da Perimetral Leste ligando a via à BR-469 (Rodovia das Cataratas). A estrutura, próxima a cabeceira da Ponte Tancredo Neves (PTN), será utilizada também para a passagem dos caminhões vazios em direção ao Paraguai. “Após a conclusão das obras das Aduanas, todo o fluxo de caminhões passará pela nova Ponte”, disse Paulo Bini.

Erramos

Em entrevista ao GDia, o delegado corrigiu a informação de que a fiscalização da Estação Aduaneira do Interior (EADI), às margens da BR-277, iria ocorrer na aduana da PTN. “O despacho de cargas sempre será no Porto Seco. Na Aduana, os controles de cruze de veículos e de pessoas”, reforçou. Devido ao descompasso entre as obras, haverá a utilização por etapas da nova ponte”, a princípio bastante restrita”, alertou o delegado.

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Caminhões vazios

Em uma primeira etapa, Ponte da Integração será limitada a saída de caminhões vazios do Brasil para o Paraguai, “até que se concluam as obras”, disse. O procedimento, ainda de acordo com o delegado, será definido em reunião com a Receita Federal e o Ministério da Infraestrutura, DNIT, PF, PRF, MAPA e Anvisa nas próximas semanas.

“O referido cruze de caminhões vazios sentido Paraguai pode se iniciar em dezembro, a depender das obras de acesso”, frisou. Bini adiantou que, assim que forem concluídas as duas aduanas previstas no projeto da Perimetral Leste, a atual aduana da PTN será devolvida ao Patrimônio da União. “Saindo, portanto da administração da Receita Federal”.

Fluxo maior

O delegado informou que os veículos vazios que serão liberados pelo Porto Seco para seguir ao Paraguai ou Argentina, passarão pelo centro de Foz do Iguaçu. “Enquanto não houver a conclusão da perimetral ou alternativa equivalente sim”, disse ele.

“Nesta primeira fase, trata-se provavelmente só da saída de caminhões vazios sentido Paraguai, um acréscimo de 300 caminhões dia, ao que já acontece hoje com os do comércio com a Argentina”, adiantou. No entanto, a decisão de rota e horário cabe a prefeitura municipal, destacou.

A estimativa é que todas as obras, incluindo Ponte da Integração, aduanas, Perimetral Leste o novo Porto Seco, estejam concluídas até janeiro de 2024, disse o delegado. “É quando teremos então a utilização plena das novas estruturas, um marco na história de Foz do Iguaçu”.

Ele informou que ainda não foi definido onde será a nova EADI de Foz do Iguaçu. “O local é parte do procedimento licitatório, a área é ofertada pelo permissionário vencedor do certame e nas condições exigidas em edital de licitação”, disse.

Fluxo restrito

O delegado reforçou que neste primeiro momento (a partir de dezembro) não deve ser liberado o fluxo de veículos pequenos e pessoas na nova ponte. “Até a construção de toda a estrutura a provável passagem é exclusiva saída de caminhões vazios sentido Paraguai. Tema ainda não definitivo. É a tendência”, afirmou.

Com a conclusão das obras da Ponte da Integração, adiantou o delegado, sai a carga de importação e exportação da Ponte da Amizade, que ficará exclusivamente para a modalidade turismo. “Mantem-se a estrutura, e se especializa ainda mais a fiscalização de bagagem”, disse ele ao responder sobre como será a fiscalização da primeira ligação com o Paraguai.

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