Nasce um veado pantaneiro no centro ambiental da Itaipu em Hernandarias, no Paraguai

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O veado pantaneiro recebe os cuidados da zelosa mamãe no centro ambiental de Itaipu. (Foto: Thomas Goossen)

Na última sexta (29), os funcionários do centro ambiental de Itaipu em Hernandarias comemoraram o nascimento em cativeiro de um veado pantaneiro, conhecido no país vizinho como “guassu puku”.

O veador pantaneiro faz parte da lista vermelha dos mamíferos ameaçados de extinção, destaca o portal GDia. Técnicos do Centro de Investigação de Animais Silvestres (Ciasi) de Hernandarias disseram que aparentemente o filhote está bem e que receberá os primeiros exames na próxima segunda.

A procriação de animais silvestres faz parte do programa do Ciasi voltado a reprodução de animais sob ameaça de extinção em nível nacional e internacional, patrocinado pela Itaipu da margem paraguaia. 

Atualmente o centro ambiental de Itaipu da margem paraguaia conta com 10 exemplares desta espécie. O Centro Ambiental da Itaipu é um espaço de investigação científica meioambiental que busca valorizar o patrimônio cultural e ambiental do Paraaguai. Ali são desenvolvidas atividades  científicas, educativas e turísticas. 

Já o Ciasi mantém uma coleção de mais de 600 exemplares da fauna nativa, muitas em perigo de extinção. No mesmo local funciona um Viveiro Florestal onde se produzem anualmente mais de 1 milhão de mudas de árvores nativas e plantas medicinais. 
Caça e habitat

Considerado o maior cervídeo da América Latina, o veado pantaneiro ou cervo-do-pantanal (blastocerus dichotomus) habita a várzea. Típico das planícies inundadas, o animal pode ser encontrado em pântanos, brejos e zonas ribeirinhas. Originalmente distribuía-se pelos cinco biomas brasileiros e boa parte da América do Sul, mas a caça furtiva e a perda de habitat fizeram com que a espécie fosse extinta em 60% de seu território.

Por causa de seu couro, o mamífero foi intensamente caçado até a década de 1970, o que reduziu e fragmentou severamente suas populações. Ainda hoje os animais são alvos de caçadores interessados em seus chifres. Entretanto, a destruição dos ambientes naturais que a espécie vive é atualmente sua maior ameaça. O avanço das fronteiras agrícolas e a expansão urbana destroem seu habitat, mas a construção de usinas hidrelétricas tem sido a principal causa do desaparecimento do cervídeo, sobretudo no Brasil.

De pelo avermelhado, a espécie possui longas pernas e membranas nas patas que facilitam a locomoção em áreas alagadas. Macho e fêmea se diferenciam pelo tamanho: eles são mais altos e mais pesados, alcançando até 130 quilos.

O desenvolvimento dos chifres, exclusivo dos machos, está relacionado à idade e concentração de testosterona, por isso animais mais velhos tendem a ter galhadas maiores. Há poucos estudos sobre os hábitos reprodutivos da espécie, mas estima-se que a cada gestação seja gerado um filhote. Diferentemente de outros cervídeos, os indivíduos nascem sem pintas claras, tendo a pelagem parecida com a dos adultos.

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