No MPPR, entidades de turismo mostram contraste das atividades com eventos da Prefeitura de Curitiba

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Representantes patronal e de trabalhadores querem apoio da Procuradoria-Geral para amenizar crise no setor

O procurador-geral do Ministério Público do Paraná (MPPR), Gilberto Giacóia, recebeu na manhã desta sexta-feira (21), lideranças patronais e laborais dos setores de turismo, gastronomia e entretenimento. Na pauta, os contrastes entre as atividades dos diferentes segmentos econômicos e os eventos da Prefeitura de Curitiba sem restrições de público e com aglomerações.

O encontro uniu Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), Associação Brasileira de de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar) e Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (SindeHoteis-PR).

Os representantes pediram providências sobre a falta de políticas públicas de reparação voltadas as diferentes atividades econômicas correlatas ao turismo. “Levamos até o MP os números de demissões em nosso setor mostrando, inequivocamente, que estamos sendo sacrificados desproporcionalmente”, contou Nelson Goulart, presidente da Abrasel-PR.

De acordo com ele, mesmo diante deste quadro, “não há qualquer indicação de reparação por parte do poder público nos sendo, por exemplo, cobrado IPTU integral e com aumento, mesmo tendo nosso direito de operar nos imóveis cerceado”.

Prefeitura tudo pode

As lideranças abordaram sua indignação provocada pela atitude da Prefeitura de Curitiba, que realizou evento sem qualquer na sexta-feira (14). “Enquanto nossos setores sentem os rigores da legislação por decretos municipais, o município promove aglomerações sem os devidos cuidados sanitários”, relatou Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

De acordo com o presidente do SindiAbrabar, Gustavo Grassi, o MP é a institução responsável pela ordem jurídica e dos interesses da sociedade ofiel observância da Constituição e das leis. “A intenção é que haja responsabilização dos agentes públicos por flagrante desrespeito ao regramento jurídico”, disse.

“O doutor Giacóia nos recebeu com muita atenção. É um procurador muito atencioso que entende a preocupação dos trabalhadores e empresários pelo momento que estamos passando e que não está sendo muito fácil”, relatou o presidente do Sindehotéis, José Petri. “Estamos tomando um remédio amargo, sem ao menos saber da sua eficácia”, completou.

Encaminhamento

O Procurador Geral demonstrou empatia ao pleito das lideranças patronal e laboral, no sentido de se cologar no lugar do outro, de sentir a dor dos agentes dos setores. “Viu no nosso rosto, no rosto de todos os que militam em restaurantes, bares, eventos etc, a abertura para o respeito e responsabilidade pela sua alteridade”, ressaltou Nelson Goular.

Na última quarta-feira (19), os representantes das entidades foram recebidos pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), conselheiro Fábio Camargo. No encontro desta sexta, o procurador-geral Gilberto Giacóia agendou nova audiência com o promotor de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, Marcelo Paulo Maggio, na próxima segunda-feira (24), às 15h.

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