No Paraná, 147 mil procuraram atendimento com sintomas gripais em maio

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Foto: José Fernando Ogura/AEN

A Pnad Covid-19, coleta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios que busca monitorar os impactos da pandemia no País, apontou ainda que 898 mil pessoas que residem no Estado tiveram pelo menos um sintoma de síndrome gripal no mês passado, como tosse, febre, dor de garganta e falta de ar.

Ao menos 147 mil pessoas procuraram atendimento nos serviços saúde no Paraná, no mês de maio, com sintomas de síndrome gripal. É o que mostra a Pnad Covid-19, coleta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios que busca monitorar os impactos da pandemia no País. De acordo com o levantamento divulgado nesta quarta-feira (24) pelo IBGE, 898 mil pessoas que residem no Estado tiveram pelo menos um sintoma de síndrome gripal no mês passado, como tosse, febre, dor de garganta e falta de ar.

A amostragem também investigou quantos cidadãos apresentaram sintomas associados à Covid-19, com quadros simultâneos de febre, tosse e dificuldade de respirar; febre, tosse e dor no peito ou, ainda, perda de olfato ou paladar. No Paraná, 64 mil pessoas tiveram sintomas conjugados e, entre estas, 18 mil procuraram os estabelecimentos de saúde.

Maria Goretti Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, explica que a porta de entrada para quem busca atendimento são as unidades básicas de saúde, os serviços de pronto atendimento ou as unidades de referência para a Covid-19 definidas pelos municípios. De acordo com ela, o Paraná tem feito há meses as testagens para o novo coronavírus nas pessoas que procuram esses serviços com sintomas de síndrome gripal.

“Os sintomas variam de pessoa para pessoa, muitos casos são assintomáticos e alguns pacientes reagem de forma diferente. Mas se a pessoa sentir algum desconforto que está comprometendo seu bem-estar, acha que precisa de medicamentos ou avaliação de um profissional da saúde, pode ir à unidade básica”, afirma. “Nos períodos em que a unidade de saúde não estiver aberta, ou quando os sintomas aumentam de intensidade, a recomendação é ir até um pronto-socorro ou unidade de pronto atendimento (UPA)”, diz.

Domicílios

De acordo com a Pnad Covid-19, em 60 mil domicílios paranaenses pelo menos um morador teve sintomas conjugados. O Estado tem quase 3,9 milhões de domicílios, sendo 1,2 milhão de residências onde vivem pessoas com mais de 60 anos. Levando em conta este último recorte, 39 mil domicílios com morador idoso registraram sintomas conjugados.

No Paraná, a pesquisa investiga 10.445 domicílios, cujos moradores são entrevistados mensalmente, em 237 municípios do Estado. O levantamento é feito exclusivamente por telefone.

Trabalho

Além da questão da saúde, a Pnad Covid-19 também monitora os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro. Em maio, 541 mil pessoas ficaram afastadas de suas atividades devido ao distanciamento social e 1,7 milhão tiveram sua renda reduzida no Estado.

A taxa de domicílios paranaenses que receberam algum auxílio emergencial chegou a 31,3%, sendo que a média do rendimento proveniente desses auxílios foi de R$ 774,00. A taxa de desocupação ficou em 9,97% no Estado, o que corresponde a 585 mil desempregados. O total de pessoas na informalidade foi pouco mais de 1,4 milhão.

No Brasil

O levantamento mostrou que, em maio, cerca de 24 milhões de pessoas no Brasil, 11,4% da população, mostraram algum dos sintomas de síndromes gripais – 4,2 milhões apresentaram sintomas conjugados que poderiam estar associados à Covid-19. Ao menos 3,8 milhões de pessoas com os sintomas pesquisados procuraram os serviços de saúde.

Entre os 84,4 milhões de trabalhadores do País, cerca de 19 milhões estavam afastados do trabalho e, entre estes, 9,7 milhões sem sua remuneração, o equivalente a 11,5% da população ocupada em maio de 2020. No mês passado, 38,7% dos domicílios do País receberam algum auxílio monetário do governo relacionado à pandemia, no valor médio de R$ 847.

A amostragem também observou redução da jornada de trabalho no Brasil. A média semanal de horas efetivamente trabalhadas em maio foi de 27,4 horas, abaixo da média habitual, que era de 39,6 horas. O rendimento efetivo dos trabalhadores também foi menor, com uma média de R$ 1.899,00 – 18,1% abaixo do rendimento habitual, de R$ 2.320,00.

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