Novas soluções tecnológicas reforçam controle do mosquito da dengue em Foz do Iguaçu

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A Prefeitura de Foz do Iguaçu aposta em novas tecnologias para o monitoramento da dengue com os “Mapas de Calor” e o reforço de instalação de mais armadilhas para captura dos mosquitos.

Essas e outras ações foram apresentadas pelo Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Dengue durante uma reunião realizada na manhã de hoje (30) no auditório da Vigilância Sanitária.

A reunião teve como objetivo integrar todos os órgãos públicos no planejamento das estratégias para o novo ano epidemiológico da doença (2019/2020), que tem início nesta quarta-feira (31).

Com o novo calendário reinicia a contagem em todos os municípios, que já vem registrando declínio da doença neste período final do ano epidemiológico e portanto não são mais classificados como áreas de epidemia.

Além da intensificação de ações tradicionais como os mutirões e as notificações dos imóveis com falta de asseio, a prefeitura, através da Secretaria de Saúde, está utilizando novas ferramentas tecnológicas para contribuir na guerra contra o mosquito.

Uma dessas estratégias foi a criação da sala de situação da Dengue, uma ação que tem por objetivo disponibilizar informações com vistas a subsidiar a tomada de decisões da gestão.

Dentre as ferramentas tecnológicas utilizadas pela sala de situação estão os chamados os “Mapas de calor”, que contém as armadilhas positivas e as notificações da doença, que identificam geograficamente por cores as regiões da cidade com maior incidência e consequentemente infestação do Aedes aegypti.

“Com esse recurso, conseguimos atuar de forma estratégica e intensificada nos pontos com maior risco para a ocorrência da doença”, expressou o Chefe do CCZ, Carlos de Santi.

Armadilhas
Além dos “Mapas de Calor”, a Secretaria de Saúde já empenhou R$ 180 mil para a aquisição de mais 1.500 armadilhas para captura do mosquito adulto. Ao todo, para o novo ano epidemiológico serão aproximadamente 5 mil unidades instaladas.

Os equipamentos são fundamentais para o monitoramento da infestação. A metodologia criada em Foz do Iguaçu é exclusiva e reconhecida internacionalmente.

As armadilhas capturam as fêmeas “grávidas”, ou seja, fêmeas que já se alimentaram de sangue, e que por isso buscam a armadilha para postura dos seus ovos, o que possibilita um indicador exclusivo para a forma adulta do vetor.

Ativo
O governo está de prontidão e com as equipes integradas para o novo ano epidemiológico. O esforço concentrado deve-se ao risco potencial do município com a proliferação de 3, dos 4 soritipos da dengue.

De acordo com o quadro entomo-epidemiológico da cidade, há um risco para esse novo ano de uma epidemia causada pelo sorotipo DENV-4, um dos vírus com menor circulação nos últimos anos.

As pessoas que já tiveram a doença nos anos anteriores são susceptíveis a esse vírus, o que aumentaria a quantidade de casos e também da forma mais grave da dengue.

“Somos uma grande força-tarefa que atua em várias áreas, desde as frentes de prevenção às de suporte. O governo está fazendo a sua parte e precisamos de todos para sensibilizar a população a também cuidar e combater a proliferação do mosquito”, reforçou o Secretário de Governo, Tenente Coronel Jahnke.

Outro apontamento importante é quanto à adaptação do Aedes aegypti ao frio. A alteração do comportamento do mosquito já foi identificada no município e em diversas outras regiões do país.

“Vamos iniciar o ano epidemiológico com o planejamento integrado de várias frentes para prevenir, controlar e combater o mosquito Aedes aegypti, com bastante enfoque para a sensibilização da comunidade que precisa manter os cuidados permanentemente, já que 80% dos focos estão no interior das residências”, expressou o Coordenador do Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Dengue, Jean Rios.

Balanço
Foz do Iguaçu encerra o ano epidemiológico da dengue saindo da 21ª para 55ª posição no ranking da doença no estado do Paraná e foi classificada pela Secretaria de Estado como de baixo risco.

Na última semana, o município registrou 20 casos confirmados, diferença bem grande quando comparada a abril, quando foi registrado em uma única semana mais de 300 casos. Ao todo, entre 2018 e 2019 foram 9584 notificações, e, 2249 confirmações de dengue.

“Relembrando que mais de 470 casos foram nos meses de junho e julho, até então considerado a estação do inverno, que não se acreditava que tinha casos da doença”, reforçou Rios.

O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 08 a 12 de julho deste ano, registrou um Índice de Infestação Predial (IIP%) de 1,76% para as formas imaturas, considerada pelo Ministério da Saúde, como médio risco para a ocorrência da Dengue.

Comitê
O Comitê é composto por 23 representantes de órgãos públicos, tais como diversas secretarias da Prefeitura, Itaipu Binacional, Hospitais particulares, Câmara de Vereadores, Forças Armadas, Núcleo Regional de Ensino, 9° Regional de Saúde e Sanepar.

Fotos: Paulo Matos/AMN

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