Número de casos de dengue hemorrágica é o maior já registrado em Foz do Iguaçu

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Diversas ações vem sendo realizadas para combater criadouros do mosquito da dengue

A cidade já contabiliza cinco mortes no ano epidemiológico e quase 1,5 mil casos confirmados da doença; Governo do Paraná fez parceria com hospital particularpara a abertura de 50 novos leitos

Em situação de emergência na saúde, Foz do Iguaçu registra atualmente o maior número de casos de dengue hemorrágica da sua história. Das quase 1,5 mil infecções confirmadas no ano epidemiológico, iniciado em agosto de 2022, boa parte corresponde ao tipo D da doença, uma manifestação grave que necessita de internação e monitoramento dos pacientes 24 horas. Cinco mortes também já foram confirmadas.

Adianta o GDia que por conta da epidemia, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Hospital Municipal da cidade ficaram sobrecarregados. Algumas pessoas precisaram ser transferidas para outras cidades por conta da falta de vagas.

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Para solucionar o problema, a Prefeitura Municipal recorreu ao Governo do Estado, que firmou uma parceria com Hospital Particular Cataratas, onde serão abertos 50 novos leitos para o atendimento de pacientes com quadros severos de dengue. O anúncio foi feito na tarde de terça-feira (28) pelo secretário estadual de Saúde do Paraná, César Neves; e o prefeito Chico Brasileiro.

“O prefeito Chico Brasileiro nos chamou e prontamente atendemos ao pedido para que juntássemos esforços em uma missão que irá salvar vidas. Em 2019 passamos por uma epidemia em todo o estado, porém, este novo quadro nos deixa com o sinal de alerta ligado para que a febre chikungunya não avance”, disse o secretário.

O custo total do investimento deve ultrapassa o valor de R$ 1 milhão para 90 dias de atendimento emergencial. Os últimos trâmites estão sendo finalizados e o atendimento deve começar na próxima semana.

Também na terça-feira a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou que será a antecipado o pagamento do Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância de Saúde (Provigia) para que os recursos sejam destinado para reforçar as ações de combate à dengue, zika e chikungunya.A pasta prevê repasse de mais de R$ 9 milhões para todos os municípios do estado.

“Temos um comitê de crise para esse enfrentamento tão urgente no município. Os iguaçuenses podem ter a certeza de que vamos continuar buscando formas de eliminar essa doença que se mostra cada vez mais grave. Estamos dando um passo muito importante para atingirmos a essa meta”, pontuou o prefeito Chico.

Medidas

A prefeitura de Foz do Iguaçu decretou estado de emergência na cidade em 15 de fevereiro deste ano devido a epidemia de dengue. Desde então, diversas medidas vem sendo adotadas para conter a doença. Mutirões de limpeza já foram realizados em diversas regiões.

Na terça-feira foi realizada uma força-tarefa com várias secretarias municipais para a limpeza da antiga sede da Asserpi (Associação dos Funcionários Públicos de Foz do Iguaçu). O local tinha uma piscina com possíveis focos do mosquito transmissor da dengue, que foi aterrada para evitar os criadouros.

De acordo com o último boletim da Vigilância Epidemiológica, Foz tem 21.392 casos notificados de dengue, dos quais 1.483 foram confirmados. Cinco mortes foram contabilizadas considerando o ano epidemiológico 2022/2023.

Além das limpezas as equipes da Secretaria da Fazenda estão usando drones para fiscalizar terrenos e outros locais com entulhos que possam acumular água. Os agentes têm percorrido locais denunciados pelos moradores via central 156 ou pelo aplicativo eOuve. Equipes do Exército devem auxiliar nas vistorias nos próximos dias.

Outra medida tomada pela prefeitura foi a distribuição de 1,2 mil raquetes de matar mosquito, recebidas através de doação como “estratégia complementar” de combate à dengue.

Cenário no Estado

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou na terça-feira (28) mais 2.379 casos e três óbitos por dengue no Paraná. Somente esta semana foram registradas mais de 12 mil notificações de novos casos suspeitos pela doença. Ao todo, desde o início deste período epidemiológico, foram computadas 85.204 notificações, 44.212 casos descartados, 11.102 casos confirmados e 11 mortes.

O novo boletim também confirmou mais 34 casos de chikungunya, somando 77 confirmações da doença no Estado. A Sesa confirmou uma morte por chikungunya em uma paciente de 72 anos que residia em Itaipulândia, com LPI no Paraguai.

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