Numero de presos em Foz do Iguaçu cresceu mais de 40% em cinco anos

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A capacidade total de vagas hoje em Foz é de 3.572, das quais há no momento 160 lugares que podem ser ocupados em caso de necessidade

A população carcerária de Foz do Iguaçu cresceu 43% nos últimos cinco anos. O levantamento anual realizado pelo Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) mostra que em 2018 a cidade possuía um total de 1.959 detentos. Neste ano o município abriga 3.412 pessoas privadas de liberdade.

Adianta o GDia que atualmente a fronteira dispõe de cinco unidades prisionais, são elas: a Cadeia Pública Laudemir Neves, destinada a presos homens que aguardam julgamento; a Penitenciária Feminina- Unidade de Progressão, voltada a presas condenadas; e as Penitenciárias Estaduais I, II e IV, que abrigam homens condenados.

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Apesar do número expressivo de detentos, não há superlotação hoje em Foz. O problema, que já foi enfrentando em anos anteriores, foi solucionado após a inauguração da PEF IV, em dezembro do ano passado, juntamente com a finalização da muralha da PEF I e a ampliação da área administrativa da Penitenciária Feminina. Os investimentos somaram cerca de R$ 20 milhões, recursos dos governos estadual e federal e da Itaipu Binacional.

A capacidade total de vagas hoje na cidade é de 3.572, das quais há no momento 160 lugares que podem ser ocupados em caso de necessidade. Do total de presos, 93% são homens (3.173), que respondem por crimes diversos, com destaque para roubos, homicídios e estupro de vulnerável. Apenas 7% são mulheres (239), sendo que a maioria responde por crimes ligados ao tráfico de drogas. Todas elas estão incluídas em atividades de trabalho ou de estudos.

“Atualmente, em todas as regiões prisionais do Paraná, temos presos que trabalham ou estudam. Nós entendemos que a mão de obra das pessoas privadas de liberdade se torna fundamental para a ressocialização, além de proporcionar contribuições à sociedade, na educação e no mercado de trabalho”, destacou o diretor-geral do Deppen, Osvaldo Messias Machado.

A maioria dos detentos, cerca de 53%, já está em reclusão a mais de três anos e tem idades entre 25 e 34 anos. Mais de 97% são brasileiros natos ou naturalizados e apenas 2,8% corresponde a estrangeiros condenados no país. O levantamento mostra ainda que boa parte dos detentos na fronteira são brancos (1,1 mil).

A distribuição dos presos nas unidades prisionais em números e detalhes sobre os crimes pelos quais eles respondem não foram divulgados por questões de segurança, uma vez que poderiam favorecer ações externas.

Mapa no Estado

No Paraná a população carcerária atual é de 35.392, distribuídos em nove regionais. No comparativo com 2018, assim como Foz, também houve um crescimento de 43%. Na época o Estado abrigava 20.436 presos.

Entretanto, diferente da fronteira, há superlotação em diversas regiões, o que causa um déficit de 7.181 vagas no Paraná. A regional de Londrina é uma das mais comprometidas, contanto com mais de 6,5 mil presos para uma capacidade de apenas 4,6 mil.

Na sequência aparece a regional da grande Curitiba, que abriga atualmente mais de 10 mil presos, frente a uma capacidade de 8,8 mil vagas. Na terceira posição aparece Maringá, onde encontram-se reclusas 3,2 mil pessoas, apesar de existirem oficialmente apenas 2,2 mil vagas.

Remissão de pena

Por meio de programas do Estado, os presos tem a oportunidade de reduzir os dias de pena a serem cumpridos. Dentre as ações disponíveis está a compensação por trabalho ou estudo, com destaque para uma iniciativa denominada Remissão pela Leitura.

Foz foi destaque no mês de junho dentro do programa, tendo alcançado recorde de 1.421 pessoas privadas de liberdade participando do projeto, o que representa 42% da população custodiada nesta regional administrativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR). A cada três dias de estudo, o apenado diminui um dia de reclusão.

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