Por Patrícia Iunovich
Há alguns dias pensei em escrever sobre isso, mas é difícil ser crítica como cidadã e jornalista quando tudo se transforma em “mimimi”. Nosso Natal de Águas e Luzes, devidamente patenteado, aprovado e promovido pelo turismo da cidade, com o apoio da Itaipu, nos últimos anos, sofreu um grande revés.
A proposta do evento sempre foi ambiciosa, mas totalmente viável: transformar Foz do Iguaçu em um verdadeiro espetáculo de luzes e alegria, integrando toda a cidade e encantando moradores e turistas, com programação na área central e nos bairros.
Durante o Natal, as ruas e praças centrais eram iluminadas, e atrações culturais e shows de música animavam a população. Havia projeções de luz sobre a igreja matriz, catedral, e os principais pontos turísticos, criando efeitos visuais que valorizavam a história e a arquitetura da cidade.
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De forma ousada, a Ponte da Amizade chegou a ser iluminada com as cores dos dois países durante todo mês de dezembro, reforçando o vínculo com a cidade vizinha e oferecendo uma experiência única de magia natalina.
Mas para muitos é melhor separar do que unir. É a velha sina antropofágica que Foz vive: em vez de união pela cidade, muitos políticos preferem a desunião, e a população paga o preço disso.
Será que falta conversa? Será que falta vontade? Muitos projetos hoje se voltam para o próprio umbigo, quando o espetáculo deveria ser único e coletivo.
A população mais uma vez se vê voltando ao passado, sem aproveitar plenamente o potencial de uma cidade que poderia brilhar unida. Pobre Foz do Iguaçu.
(*) Patrícia Iunovich é jornalista em Foz do Iguaçu.
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