“O Palhaço Bar”, reduto da contra-cultura de Foz do Iguaçu

“Hoje eu gostaria de “tomar uma” em um dos bares mais legais que essa cidade já teve, o inesquecível “Palhaço Bar”…
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Um lugar do c***. Quem conheceu e recorda do icônico O Palhaço Bar de Foz do Iguaçu logo vem a memória o refrão de um grande sucesso de Flávio Basso, também conhecido como Júpiter Maçã, que marcou época desde os anos 1980.

Enquanto esteve aberto, O Palhaço Bar era referência para quem queria tomar uma gelada, encontrar amigos, jogar uma sinuca ou simplesmente curtir um som e falar sobre música e bandas.

“Hoje eu gostaria de “tomar uma” em um dos bares mais legais que essa cidade já teve, o inesquecível “Palhaço Bar”…”, escreveu em suas redes sociais Marcos Kidricki Iwamoto, eterno colaborador do Diário de Foz.

Lá, recorda ele, tinha a cerveja mais gelada da city, além de uma porção de batatas fritas que é difícil de descrever com palavras. “Mas a gente gostava mesmo do lugar era por causa do “seu Valdir”, o nosso papito, roqueiro, amigo, músico, facilitador e conselheiro…”

O bar abria às 23 horas e não tinha horário para fechar, dependendo da clientela ele fechava as portas, mas continuava todo mundo lá dentro.

Nascido em São Paulo, o Sr. “Valdir Afonso de Farias” veio para Foz do Iguaçu trabalhar em Furnas em 1985, e nunca mais saiu. Abriu o bar em 1999 e foi muito feliz aqui!

Tinha um topete impecável, não fazia questão de agradar ninguém, queria apenas abrir o bar e curtir o bom e velho Rock ‘n Roll a noite toda.

Era muitas vezes, linha dura, sistemático, mas ao mesmo tempo era verdadeiro, sensível com um bom coração, enfim, um canceriano típico. Todo mundo o AMAVA…

Como músico, tocava a época na banda “Old Boys Band”, com o Gilberto, Nilton e Oliveira Jr, os meninos faziam muito sucesso. A querida esposa Rose me contou: “O Valdir teve duas bandas nos anos 60…”

Como se ele estivesse cuidando de crianças no parquinho, sempre dava uma força para a molecada, dava conselhos, mostrava um som. Rolava muito papo, muita SINUCA, muito som, muita cerveja, muita risada…

Era o local de encontro dos músicos da cidade, e por isso o seu PC se transformou em uma espécie de biblioteca do Rock: “Todo mundo levava um som para ele ouvir e assim ia adicionando a sua pasta de arquivos, tinha de tudo no seu acervo…”

Disse o seu amigo Renato Costa, o “Fumê”. E como esquecer o seu bordão quando a gente chegava no bar: “E aí, não morreu ainda?”

Ainda estamos todos aqui “seu Valdir”, com saudades do Sr.” Com informações de Foz é Assim

Fotos: Marcos Kidricki Iwamoto

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