Obras de duplicação da BR 469 em Foz do Iguaçu avançam em julho

A situação atual foi tema de uma reunião nesta terça-feira (5), convocada pelo Sindihotéis, com empresários que atuam na região impactada

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Foto: Divulgação

A duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), considerada uma das obras mais importantes para o turismo e a mobilidade em Foz do Iguaçu, segue em andamento, mas ainda gera transtornos para moradores, turistas e empresários. Apesar do avanço no ritmo dos trabalhos nos últimos meses, o cronograma original, que previa a entrega no primeiro semestre de 2024, não será cumprido.

Um aditivo contratual assinado entre a Construtora Dalba, responsável pela obra, e o Governo do Estado do Paraná estendeu o prazo de conclusão para julho de 2026. No entanto, há a expectativa de que o trecho entre o viaduto de acesso à Argentina e o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu seja finalizado até o fim deste ano. A previsão foi reforçada pelo diretor da empresa, Luciano Daleffe, em entrevista anterior à Rádio Cultura.

Até o fim de julho, aproximadamente 60% das obras estavam concluídas, segundo o fiscal do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Marcos Paulo Costa. “A obra estava praticamente parada após o pedido de recuperação judicial da construtora. Mas desde então, houve um avanço significativo, com atividades em diversas frentes”, afirmou o engenheiro.

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A situação atual foi tema de uma reunião nesta terça-feira (5), convocada pelo Sindihotéis, com empresários que atuam na região impactada. Embora representantes do Dnit, DER e da própria Dalba tenham sido convidados, apenas o Dnit compareceu. Entre as principais reclamações dos comerciantes estão a lentidão no andamento dos trabalhos e a sinalização precária ao longo da rodovia, especialmente no período noturno.

De acordo com Marcos Paulo, a sinalização temporária foi um dos pontos mais críticos da obra. “A situação era inadmissível, principalmente à noite. Após cobranças constantes do DNIT e do DER, houve uma melhora. A construtora inclusive contratou uma equipe específica para cuidar da sinalização provisória e garantir mais segurança”, explicou.

Outro ponto de preocupação levantado durante a reunião foi a ausência, no projeto original, de abrigos para ônibus e passarelas para pedestres. O secretário municipal de Turismo, Jin Petrycoski, destacou que o mês de julho foi caótico na via. “Houve dias com até cinco acidentes. Além disso, essa lacuna no projeto compromete a segurança e a mobilidade”, alertou.

Segundo Petrycoski, a secretaria e instituições ligadas ao turismo estão articulando junto aos responsáveis pela obra a inclusão desses equipamentos essenciais. “Queremos garantir que esses itens sejam incorporados ainda durante a execução da duplicação”, afirmou.

A obra abrange 8,7 quilômetros de extensão, entre o portal de entrada do Parque Nacional do Iguaçu e o trevo de acesso à Ponte Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina. O projeto inclui a duplicação da via principal, a construção de vias marginais, calçadas, ciclovia, uma nova ponte sobre o Rio Tamanduá e quatro viadutos.

Com financiamento da Itaipu Binacional, a duplicação da BR-469 tem como objetivo melhorar o acesso ao Parque Nacional do Iguaçu e ao aeroporto, além de desafogar o trânsito e aumentar a segurança de pedestres, motoristas e ciclistas. Mesmo com os atrasos, a obra segue sendo uma das prioridades de infraestrutura da região.


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