OMS descarta campanha de vacinação em massa contra Covid-19 em 2021

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) não tem previsão de campanha de vacinação em massa contra a Covid-19 em 2021.

A informação foi dada nesta quarta-feira (12) pela vice-diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), a médica curitibana Mariângela Galvão Simão, em resposta ao questionamento feito pelo deputado estadual Soldado Fruet (PROS) na reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus.

“Vacinação em massa ainda é um sonho de futuro. Vamos ter que conviver com isso algum tempo, tem saída, mas vai demorar”, resumiu Mariângela, responsável pela área de vacinas da entidade.

Soldado Fruet 1

“Todo mundo quer saber em que momento terá a vacina que todos vão poder tomar. Uma coisa é certa: para o ano que vem, vamos ter um quantitativo pequeno de vacina produzida”, respondeu Mariangêla ao Soldado Fruet.

Segundo a vice-diretora, “a OMS com parceiros internacionais estão fazendo os maiores esforços para garantir que até o final do ano tenha 2 bilhões de vacinas, mas algumas candidatas de vacinas precisam de duas doses, então já vira 1 bilhão de pessoas”.

Ela foi categórica: “com certeza absoluta, não tem previsão de campanha de massa para o ano que vem”.

De acordo com Mariângela, a OMS trabalha para que todos os países tenham acesso a vacinas para até 20% da população, “não só os países ricos, que podem comprar para 50, 60% da sua população”.

Por isso, ela ressaltou que no primeiro ano a vacina terá que ser priorizada para alguns tipos de públicos, como profissionais de saúde e pessoas com maior risco de morte, como idosos acima de 65 anos de idade e pessoas de qualquer idade com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

“Claro que toda vida tem valor igual, mas aqueles que estão na linha de frente terão que ser protegidos primeiro. É uma decisão que cada país irá tomar”, observou.

A vice-diretora da OMS salientou que a solução do acesso à vacina é global. “Os países terão dificuldades de fazer negociações individuais”, enfatizou.

Mesmo no caso do Paraná, que já tem previsão orçamentária de R$ 200 milhões para compra de vacinas contra Covid-19, ela comentou que as aquisições das doses deverão ser feitas pelo País a nível global.

Mariângela revelou que a OMS ainda não tem muitas informações sobre a vacina da Rússia, a primeira a ser registrada no mundo e que deve ser produzida no Paraná pelo Tecpar, mas disse que a entidade espera receber estes dados do governo russo até a próxima semana.

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