Operação de Itaipu para ajudar na navegação dos países vizinhos termina nesta sexta-feira (29)

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Foto: Rubens Fraulini

Medida foi essencial para garantir escoamento da safra da Argentina e do Paraguai

A usina de Itaipu termina nesta sexta-feira (29) a operação de aumento na defluência que, devido à baixa demanda atual do Brasil e do Paraguai, resultou na abertura intermitente do vertedouro para ajudar o Paraguai e a Argentina a escoar a safra de grãos por suas hidrovias. Graças a uma precisão “milimétrica”, a área técnica está cumprindo a meta de enviar 8.500 m³/s para elevar o nível do Rio Paraná, a jusante da barragem, otimizando água e energia, com o menor desperdício possível de matéria-prima.

Depois de um dia fechado nesta quarta-feira (27), o primeiro desde o início da operação, em 18 de maio, o vertedouro de Itaipu voltou a abrir nesta quinta-feira (28).

Foto: Rubens Fraulini/ Itaipu Binacional

O vertimento iniciado às 3h30 com liberação de 915 metros cúbicos de água por segundo iria ocorrer até as 15h30, mas foi antecipado para as 8h.

Os países vizinhos afetados pela estiagem histórica vinham negociando uma saída para escoar suas safras. Com a ajuda do Brasil, 150 de barcaças paraguaias carregadas de soja, retidas pela estiagem do Rio Paraná, já estão a caminho de portos argentinos e uruguaios. A última leva, de 86 barcaças, saiu na quarta-feira (27). Com isso, Itaipu cumpre o acordo com o Paraguai e a Argentina, liberando água suficiente para garantir a navegabilidade na hidrovia que transporta a safra de grãos.

Ao longo da operação, foi negociada com o Operador Nacional do Sistema (ONS) uma maior produção de energia, reduzindo, assim, a quantidade de água que seria escoada pelo vertedouro. Com isso, o vertimento foi 13% inferior ao planejado. Com as chuvas recentes e o consequente aumento da vazão do Rio Iguaçu, até o final da Operação Especial, a redução do vertimento pode ser ainda maior. As chuvas acima também contribuíram para o resultado, além do trabalho preciso da técnica.

O superintendente de Operação, José Benedito Mota Júnior enfatiza que o “sucesso da operação se deve principalmente à sinergia entre as diferentes áreas da operação associada à alta disponibilidade das unidades geradoras mantidas pela equipe de manutenção”.

Fotos: Rubens Fraulini/ Itaipu Binacional

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