Orçamento Participativo revela mulheres empoderadas em Foz do Iguaçu

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Foto: Christian Rizzi/PMFI

Participação feminina tem sido maciça na edição 2021 do OP; próximo encontro será nesta quinta-feira (30) com os moradores da Região Nordeste, no Centro de Convivência Leonel Brizola

A presença das mulheres na defesa de obras e ações prioritárias é um dos destaques das reuniões do Orçamento Participativo (OP) em Foz do Iguaçu. Elas têm se deslocado grandes distâncias, a maioria acompanhada de filhos pequenos, para indicar as melhorias necessárias em escolas e espaços para prática esportiva nas diferentes regiões da cidade.

Na reunião desta terça-feira (28), a terceira do OP no Jardim Ipê, reuniu moradores da maioria dos bairros que formam a região Norte de Foz do Iguaçu. “No outro orçamento (realizado em 2019), conseguimos incluir a construção de um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil)”, contou Priscila Basílio, moradora do Jardim Jupira, próximo a Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

A obra citada pela moradora, com investimento superior a R$ 1,8 milhão, está em andamento. “Agora vamos defender obras de reforma e ampliação da Escola Ponte da Amizade”, revelou. A obra indicada, com custo estimado de R$ 3,1 milhões, recebeu 45 votos. “É muito importante este tipo de ação. As pessoas reivindicam porque sabem o que precisa nos bairros”, completou.

A execução de obras de reforma e ampliação da Escola Arnaldo Isidoro de Lima motivou a participação de Roberta Alecrim na reunião do OP. Acompanhada de dois filhos menores de 10 anos, ela contou que mora na Vila C e se sente incluída no programa. “É muito interessante esta forma de decidir as obras nas cidades”.

“Vim de São Paulo e nunca vi uma participação deste tipo”, completou. Marisete de Araujo Cozer foi com o filho pequeno defender a construção de uma quadra para as crianças praticarem esportes. “Não tem lugar para elas praticarem atividades na Escola Josinete Holler”, informou.

Surpresa boa

A professora Silvana Terezinha, diretora da Escola Cândido Portinari, levou uma surpresa ao ser convocada pelo prefeito Chico Brasileiro para assinar a licitação para as obras de reconstrução do estabelecimento de ensino. A obra, orçada em mais de R$ 4,4 milhões, foi indicada como prioritária no OP de 2020, mas não saiu ainda do papel devido a entraves burocráticos.

Ao anunciar a medida, Brasileiro adiantou que a verba para esta obra não entrará no OP de 2022, porque já está reservada. “Foi uma surpresa boa. A nossa escola é bastante antiga e o prédio precisa muito de reparos devido aos problemas de estrutura. Precisa mesmo é de uma reconstrução”, contou.

A unidade de ensino, no Jardim Petrópolis, tem seis salas de aula, além de biblioteca e salas de informática e dos professores e atende aproximadamente 160 estudantes. Após as obras, acredita a diretora, será possível atender até 260 estudantes. “Agora que o prefeito assinou a licitação, dá para dizer que é um sonho que vai sair do papel depois do pedido em 2019”.

Luta antiga

“É um sonho que já vem se arrastando há mais de 10 anos. Tinha o projeto e parece que agora vai se concretizar mesmo”, ressaltou. Ela lembrou que a reunião passada do OP (em 2020 não foi realizada devido a pandemia coronavírus) aconteceu na própria escola, que agora será contemplada.

“Fiquei surpresa porque no primeiro OP lá na nossa escola, havia sido inicialmente destinado R$ 2 milhões e agora ele anunciou mais de R$ 4 milhões. Então já deu uma melhorada”, comentou. O prefeito explicou que, de 2019 para cá, houve um grande aumento de custo nos preços das obras, principalmente em relação aos insumos, por isso foi necessário fazer o ajuste no orçamento.

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