Ovos de Páscoa têm variação de 83,4% nos supermercados de Foz do Iguaçu

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Preços do produto estão até 28,1% mais caros do que em 2018

Os consumidores de Foz do Iguaçu devem estar atentos aos preços dos chocolates e de outros produtos consumidos tradicionalmente na Páscoa. De acordo com um levantamento do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da UNILA, o preço de um ovo de Páscoa médio (225 a 350 g), de uma mesma marca, pode variar em até 83,4% nos supermercados da cidade.

O maior aumento em relação a 2018 foi nos preços dos ovos destinados ao público infantil, que subiram 28,1%. Nos supermercados de Foz, os ovos de chocolate acompanhados de brinquedos podem variar até 57,2%. Entre os ovos pequenos (150 a 190 g), a variação chega a 63,9%. Os preços dessa gramatura estão 3,7% mais caros em comparação com a Páscoa de 2018.

Quem optar por comprar caixa de bombom também deve pesquisar. O levantamento mostrou que o preço da caixa de bombom de 300 g varia 89,1%. “A pesquisa antes da compra é fundamental para economizar nesta época do ano. Um cuidado adicional está na escolha dos ovos infantis, que foi o produto que mais aumentou em relação a 2018”, explica o coordenador da pesquisa, Henrique Kawamura.

Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda. A barra de chocolate ao leite de 1 kg, por exemplo, reduziu 16,6%, mas a variação nos pontos de venda pode chegar a 91%. O preço da Colomba Pascal também está 4,8% mais barata em comparação a 2018.

Ingrediente comum no cardápio de Páscoa, o bacalhau desfiado apresenta variação de até 133,3%. Já o bacalhau em posta tem variação de 43,4%.

Cesta básica

O Cepecon também divulgou os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Foz), que, em abril de 2019, apresentou um aumento de 1,76%. Entre os itens com maior variação positiva destacam-se os tubérculos, raízes e legumes, que aumentaram 9,6%, impactados pelos preços da cebola, que está 15,6% mais cara, e do tomate (14,5%).

De acordo com pesquisadores do Cepea, a qualidade da cebola com o aparecimento de doenças tem reduzido a oferta e afetado os preços. No caso do tomate, a oscilação entre tempo chuvoso e quente tem afetado a qualidade do fruto e ocasionado alguns descartes.

O preço do feijão-carioca continua em alta, com elevação de 14,8%. Já o feijão-preto ficou praticamente estável, com aumento de 0,5% em relação ao mês anterior. A baixa oferta do grão devido à redução da produtividade ainda é o principal fator para esse aumento nos preços. Entre as frutas, a melancia aumentou 19,3% com a aproximação do fim de colheita. A banana-caturra e a banana-maçã aumentaram 0,8% e 3,1%, respectivamente. A laranja apresentou pequena alta de 3,3%.

O preço das carnes em geral recuou cerca de 1,3%, com destaque para a carne de porco (-2%), alcatra (-4%) e costela (-4,5%). Em compensação, aumentaram os preços do acém (7,7%), peito (2%) e músculo (1,9%). Com a aproximação da Sexta-feira Santa, o valor dos ovos aumentou 9,4%; e o peixe congelado, cerca de 3,1%. O frango inteiro também aumentou nas últimas semanas, aproximadamente 18%.

Com grande peso no orçamento familiar, o leite e derivados reduziu 6,2% no período, com destaque para o leite UHT (-7%). Em contrapartida, os preços do leite em pó e do queijo aumentaram, respectivamente, 8,8% e 7,1%.

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