1ª muçulmana de hijab palestina participa de Campeonato de Patinação e ganha ouro

Entre os dias 21 e 24 de agosto, o Ginásio de Esportes Liberalino Benedet, em Santa Terezinha de Itaipu, foi palco da 2ª fase do Campeonato Paranaense de Patinação Artística 2025. O evento reuniu atletas de diversas cidades do estado. Nos dias de campeonato, o público pode prestigiar apresentações de alto nível e incentivar o esporte local.

E durante o evento, um feito inédito ganhou destaque por sua importância e representatividade.“É com grande orgulho que anunciamos esta vitória, a 1ª muçulmana de hijab Palestina a participar do Campeonato Paranaense de Patinação e ganhar medalha de Ouro. MachAllah, parabéns para Dana Mahmoud Shehadeh que faz parte da nossa querida comunidade árabe da região trinacional”, foi o pronunciamento da Mesquita de Foz,  Omar Ibn Al-Khattab, nas redes sociais oficiais do templo religioso.

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Dana Mahmoud Shehadeh faz parte da comunidade árabe palestina de Foz do Iguaçu e destacou a importância da convivência entre diferentes culturas, religiões, em especial, o respeito com a vestimenta islâmica também no esporte. “Me senti realizada, era um sonho esta conquista. Me senti acolhida e recebi muitos elogios pela minha roupa. O Islam me ensina a confiar em Deus, acreditar. O hijab não impede de fazermos nada”. O campeonato é uma realização da Federação Paranaense de Patinação Artística, com apoio da administração municipal da cidade.

De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil, a Patinação Artística é uma modalidade esportiva que combina força física, agilidade e expressão artística sobre o gelo (ou rodas). Envolve a realização de giros, saltos e coreografias com variados elementos. É uma das modalidades mais antigas e populares dos Jogos Olímpicos de Inverno, combinando técnica e arte.

Esporte e Hijab
A vestimenta islâmica no esporte, como o hijab (véu) tem sido uma área de inclusão crescente e com a criação de roupas esportivas modestas. Atletas muçulmanas, como as do Egito nos Jogos do Rio 2016, competiram usando o hijab para conciliar fé e esporte, o que tem sido apoiado por diversas entidades e por ativistas de direitos humanos.