Pandemia atingiu em cheio pousadas, albergues e os hotéis menores de Foz do Iguaçu, revela pesquisa Sindhotéis

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A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) atingiu em cheio as pousadas, albergues e os chamados hotéis econômico de duas estrelas em Foz do Iguaçu.

Os estabelecimentos fecharam 2020 com ocupação média pouco acima de 30%, segundo Pesquisa de Ocupação Hoteleira do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhotéis). No período, foram cinco meses fechados, o que acentuou a crise financeira.

A rede hoteleira de Foz do Iguaçu é formada por aproximadamente 30 mil leitos distribuídos entre mais de 180 estabelecimentos classificados como Luxo (cinco estrelas), Superior (quatro estrelas), Turístico (três estrelas), Econômico (duas estrelas), motéis, pousadas e albergues. A ocupação média geral, no primeiro ano da epidemia, ficou em 38,7%, pouco mais da metade dos 59,8% registrados em 2019.

De acordo com a pesquisa do Sindhotéis, os hotéis classificados como Econômicos tiveram a menor ocupação média, com aproximadamente 31,4%. A queda brusca começou já no mês de março, com o fechamento das atividades econômicas decretado pelo município. No período, a ocupação média foi de 35%, seguido de fechamento de abril a agosto. 

Em setembro, com a reabertura da cidade, a ocupação dos hotéis de duas estrelas foi de 11,4%, chegando a 22,5% em dezembro. As pousadas e albergues também amargaram índices baixos de ocupação no último ano, fechando com 32,1%. A pesquisa mostra ainda o desempenho dos hotéis melhores classificados. 

Os de três estrelas fecharam 2020 com ocupação média de 38,9%, de quatro estrelas com 42,5% e os de cinco estrelas com 48,9%. O Parque Nacional do Iguaçu, que guarda as Cataratas do Iguaçu, fechou 2020 com visitação inferior a um terço de 2019 – foram 658,3 mil ingressos, contra mais de 2 milhões do ano anterior.

Pior cenário
O estudo do Sindhotéis confirma o pior cenário para a hotelaria do Destino Iguaçu. O movimento consolidado nos meios de hospedagem de Foz do Iguaçu caiu terrivelmente em 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus, ressaltou o presidente do Sindhotéis, Neuso Rafagin.
“Entre 2017, 2018 e 2019, estávamos na casa de 60% de ocupação dos apartamentos. Um bom índice considerando que temos cerca de 180 meios de hospedagens, com cerca de 30 mil leitos”, avaliou.

A queda para 38,7% em 2020, de acordo com o presidente, confirma aquilo que o sindicato tem alertado desde o começo da pandemia: a categoria está numa crise financeira profunda, fazendo empréstimos e malabarismos para não demitir funcionários e fechar as portas em definitivo.
Um hotel precisa de pelos menos 50% de ocupação média no mês para garantir a sua operação, para empatar mesmo entre receita x despesas, estima Neuso. “Lamentavelmente, com 38,7% de ocupação, não precisa ser adivinho para saber que estamos no vermelho há quase um ano, no fundo do poço, sem perspectivas de respiro”.

A situação é ainda mais caótica e sofrida para os estabelecimentos econômicos, como mostra a pesquisa. “Importante destacar que tivemos movimento zero ou mesmo próximo de zero de abril a agosto, ou seja, por cinco meses seguido”. 

“Somente no último quadrimestre, de setembro a dezembro, registramos sinais mínimo de retorno dos hóspedes, porém em índices inexpressivos”, ressaltou Neuso. De acordo com ele, ninguém sobrevive sem hóspede, sem turista. “Por isso temos defendido a flexibilização em tributos para socorrer o turismo e evitar falências no setor”.

As informações são de GDia

Foto: Kiko Sierich/arquivo

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