Com a revisão dos estudos da próxima rodada de concessão de aeroportos em razão da pandemia, o valor mínimo que o governo vai arrecadar à vista com a transferência dos terminais à iniciativa privada caiu 60%, de R$ 469,6 milhões para R$ 189,9 milhões.
Programado para março de 2021, o leilão vai conceder a operação de 22 aeroportos, hoje administrados pela Infraero, divididos em três blocos: Sul, Central e Norte. As informações são do Estadão Conteúdos.
O projeto para a concessão desses aeroportos já estava pronto no início do ano, mas a crise causada pela novo coronavírus exigiu que os estudos fossem revisados.
A modelagem precisou considerar a nova previsão de PIB para este ano, que estima queda na economia de 4,7%, e a consequente redução nas projeções de demanda de transporte aéreo.
Os estudos ainda precisam ser avaliados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que pode sugerir mudanças.
Para se ajustar a esse novo cenário, que prevê menos passageiros e, portanto, menos receita para os aeroportos, o montante de investimentos para os 22 terminais também caiu de R$ 6,9 bilhões para R$ 6,1 bilhões.
Já a queda de 60% na arrecadação mínima se refere a parcela de outorga (taxa para explorar o serviço) à vista que os concessionários precisarão pagar ao governo para operar os blocos de aeroportos. É em cima desses valores que as empresas disputarão os terminais no leilão.
Ou seja, R$ 189,9 milhões é o piso do que a União vai receber à vista, já que os concorrentes podem ofertar cifras maiores justamente para disputar os terminais – o que corresponde ao ágio.
Mais afetado
Nos valores de outorga, o bloco mais afetado é o do Sul, que conta com os aeroportos de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS).
Para esse grupo, o valor mínimo que as empresas precisarão oferecer na disputa caiu de R$ 408,2 milhões para R$ 133,5 milhões.
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