Pandemia dificulta atendimento de crianças vítimas de violência, apontam especialistas

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Desenvolvimento da inteligência de uma criança é influenciado pelo ambiente e os cuidados que ela recebe na primeira infância. (Foto: Getty Images/BBC)

Em 2020, Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba recebeu 20% menos crianças em comparação ao ano anterior. Dos 554 casos atendidos na instituição, 59% das vítimas tinham até seis anos. Especialistas alertam para falsa impressão de melhora

A necessidade de ficar mais tempo em casa, devido à pandemia da Covid-19, agravou os casos de violência contra as crianças, isso porque, segundo especialistas, as vítimas dificilmente têm acesso aos serviços de saúde.

O Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba, que é referência em atendimento de vítimas de maus-tratos, recebeu 20% menos crianças vítimas de violência, seja ela sexual, física, psicológica, negligência ou autoagressão, em comparação ao ano anterior. Foram 554 casos registrados em 2020 contra 689 contabilizados em 2019.

“Elas estão convivendo com os agressores, estão ‘presas’, muito mais vulneráveis. A maioria dos casos de violência contra as crianças ocorre em casa, por algum familiar ou pessoa próxima. Isso tudo somado ao fato de as pessoas estarem menos tolerantes, mais irritadas, com problemas sociais”, diz a psicóloga Daniela Prestes.

Os dados do hospital indicam que a maioria das vítimas, 67,5%, é composta por meninas. Entre os 554 atendimentos na unidade, 362 crianças sofreram violência sexual – o que corresponde a 65,3% do total de casos.

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