A jornalista Martha Feldens revelou em seu blog que o deputado estadual Requião Filho, que recentemente obteve no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a garantia da manutenção de seu mandato mesmo com sua saída do PT, negocia devagar o seu futuro partido. Já autodeclarado candidato a governador, Requião Filho tende a ir para um partido mais ao centro do espectro político, como a sua sigla de origem, o MDB. Mas não será um caminho fácil.
Nacionalmente, o MDB até já fez acenos para o deputado e é isso que anima seu entorno. Mas na paróquia, a coisa é diferente. Aliado ao governador Ratinho Junior, o partido no Paraná é presidido pelo também deputado estadual Anibelli Neto, que foi exatamente quem tirou Roberto Requião, o pai, do comando do MDB no estado em 2021 ao derrotá-lo na eleição do diretório estadual do partido. E com grande influência tanto no estado como nacionalmente, o deputado federal Sérgio Souza faz parte desse mesmo grupo.
Outra opção que interessa a Requião Filho é o PDT. Durante a pré-campanha da eleição municipal do ano passado, Roberto Requião chegou a conversar com o principal líder do partido no país, o atual ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Requião queria o apoio do PDT local à sua candidatura à prefeitura, pelo nanico Mobiliza. Mas Lupi, ministro do governo Lula, do PT, achou melhor a opção do Palácio do Planalto, e o PDT indicou o vice, deputado Goura, na chapa da frente das esquerdas encabeçada por Luciano Ducci, do PSB. O PDT no Paraná tem Goura na presidência estadual e ele também com pretensões maiores. Haveria espaço para Requião Filho? A conferir.
