Um grupo de grandes empresários e lideranças de Ciudad del Este voltou de Assunção de cabeça baixa depois de uma audiência com o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, o Marito.
Eram cerca de 30 empresários, donos de shoppings e grandes lojas que representam boa parte do PIB da segunda maior cidade do Paraguai. Na ante-sala do gabinete presidencial, a assessora de Marito comentou: “o presidente irá recebe-los por educação, mas ele disse que não reabrirá a ponte”.
Durante a audiência com Marito, os empresários argumentaram que a economia da cidade estava entrando em colapso, com lojas falindo e demitindo milhares de empregados, isso sem contar os empregos informais, que somam mais de 40 mil.
Apesar dos argumentos convincentes, o presidente paraguaio foi irredutível. “Não cogitamos reabrir a ponte neste momento. Apesar de sua importância, Ciudad del Este é Paraguai e eu não posso colocar em risco a saúde da população de todo o nosso país”, sentenciou Marito.
O presidente paraguaio ainda teria dito que seu país tem a pandemia sob controle por ter adotado medidas enérgicas no tempo certo e que um grande número de paraguaios voltou do exterior contaminado pela Covid-19.
GDia conversou com alguns participantes da reunião e ficou sabendo que o presidente paraguaio teme que a entrada em massa de brasileiros, possa levar seu país a uma crise semelhante as registradas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. “Todos sabem que o frágil sistema de saúde do país vizinho entrará em colapso se grande número de pessoas for infectada”, disse nossa fonte.
Assessores do presidente teriam comentado que lá pelo mês de dezembro o governo paraguaio fará um estudo para ver se existe possibilidade de reabrir a fronteira. “Mas as autoridades da saúde acreditam que a reabertura somente ocorrerá em março do próximo ano”, acrescentou.
Para uma das fontes ouvidas pelo GDIA, o presidente Marito acredita que sai bem mais barato ajudar a população com mantimentos do que mobilizar as reservas com hospitais de campanha, porque até eles ficarem prontos, corre-se o risco de dizimar parte da população.
Bolsonaro
Nesta quarta (27) o presidente Jair Bolsonaro disse aos jornalistas que fazem a cobertura no Palácio do Planalto, que o Brasil está pronto para abrir as fronteiras, que o Paraguai é um país amigo, com que o Brasil está construindo mais duas pontes. Ao que tudo indica, nenhum argumento será suficiente para sensibilizar o presidente paraguaio.
Demissões em massa já começaram em CDE
O dono de um grande shopping que participou da reunião, voltou de Assunção desolado. Seu estabelecimento possui centenas de funcionários. No dia seguinte à reunião, ele estava preparando a demissões
Se isso ocorrer com outros shoppings e grandes lojas de Ciudad del Este, a demissão de trabalhadores e o fechamento de lojas será o maior de toda a história do país.
Segundo a Câmara de Comércio de Alto Paraná, existem no departamento cerca de 80 mil trabalhadores formais e 40 mil informais. Os informais já estão sem receita desde o dia 10 de março, quando o país optou pelo isolamento.
O Paraguai não chegou a mil casos e até o momento e a taxa de óbitos é uma das menores da América do Sul. No fechamento desta matéria, às 17 horas, havia 884 contaminados e apenas 11 óbitos.
O Paraguai poderá controlar a epidemia com o fechamento das fronteiras, mas o que acontecerá com o exército de 100 mil desempregados ninguém pode adivinhar.
Governador quer a volta dos “passeros” na ponte
O governador de Alto Paraná, Roberto Gonzalez Vaesken disse, a um grupo de pequenos comerciantes, que irá entrar em contato com o governo central para que seja determinada a flexibilização da importação de produtos hortifrútis por meio da Ponte da Amizade.
Os comerciantes foram impedidos de fazer a travessia e estão em sérias dificuldades financeiras, assim como outros setores de Alto Paraná, principalmente Ciudad del Este. Os produtos eram comprados na Ceasa de Foz do Iguaçu.
O presidente da associação dos chamados “passeros”, Eugenio Paredes, disse que a categoria está pronta para se adequar às medidas sanitárias adotadas em função do novo coronavírus. Pelo que o GDIA apurou, o governador voltará de Assunção decepcionado, assim como os empresários que estiveram com presidente Marito.
O presidente paraguay não abre a ponte pq pra ele e viável tem seu salário em dia é comida na mesa que vai do Brasil todos os dia.nao tem que deixar passar nem caminhão na ponte e tudo viável ao presidente .fechem a ponte por 30 dias não deixem passar ninguém não importa quem for aí p presidente vai ver que não é viável faltará na mesa dele tambem
Concordo.
Fechar BR e muita certeira e na crise que tá que e loco de perde dinheiro em multa kkkkk
A questão é politica.
Alguém com interesse muito forte para favorecimento de alguma autoridade aí!
O povo não aguenta mais.
Estão brincando conosco.
Vai ver a mesa do crápula deste presidente, com certeza está sendo alimentado pela arrogância e avareza.
Saudades de Cidad del Leste.
Uma pena que estamos vivendo este momento.