O governo Mario Abdo Benítez planeja estender a segunda fase da quarentena inteligente por mais uma semana no Paraguai, devido à preocupação de que haja um aumento nos casos de infecções positivas sem vínculo e naquelas com alta carga viral.
A medida será anunciada pelo ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, que realizou um trabalho de avaliação com seus colegas do Tesouro, Interior, Trabalho e Indústria e Comércio.
A segunda fase da quarentena vai até 14 de junho. A medida presidencial pretende prorrogá-la até 21 de junho, ou seja, mais uma semana. Algumas áreas podem avançar para a terceira fase, como o Chaco.
“Na reunião de ontem (quarta-feira) foi mantida como uma hipótese certa e necessária para estender a quarentena inteligente por mais uma semana”, explicou o ministro do Interior Euclides Acevedo.
Ele argumentou que o ministro Mazzoleni esclarecerá todas as medidas na conferência de imprensa.
Acevedo disse que o objetivo do governo de estabelecer essa medida visa “transmitir ao público a importância de um controle rigoroso da saúde e não relaxar”.
Isso, dada a série de eventos em que houve até a necessidade de intervenção fiscal devido à falta de cumprimento de restrições e medidas sanitárias.
10.000 Infectados
Euclides indicou que a preocupação do governo é que, se as medidas de segurança em saúde forem relaxadas, a situação poderá explodir em uma semana.
“Caso contrário, o mesmo acontecerá conosco como o Chile, que em uma semana podemos ter 10.000 infectados. Corremos esse risco, principalmente naqueles lugares onde existem muitas pessoas como Assunção e Central “, alertou o ministro do Interior.
Na quarta-feira passada, o ministro Mazzoleni conversou com Benigno López (Tesouro), Liz Cramer (Indústria e Comércio), Carla Bacigalupo (Trabalho) e Euclides Acevedo (Interior) para medir o alcance das medidas com base no cenário. “Realizei uma reunião para analisar a fase 2 da quarentena inteligente alternativa de ações, considerando os dados disponíveis. Não baixemos a guarda, não arrisquemos o que já alcançamos ”, afirmou o ministro.
Ônibus escolares clamam por ajuda após o fechamento da escola
Uma caravana de transporte escolar desfilou ontem na avenida Costanera de Asunción, exigindo apoio estatal para o fechamento de instituições de ensino desde 11 de março passado. Indicaram que, desde a quarentena, estavam desempregados, o que impacta fortemente o setor. Além disso, sustentaram que a crise continuará porque o fechamento dos estabelecimentos escolares também continua até o final do ano.
Um dos representantes das transportadoras, Marín Fernández, comentou que enviaram inúmeras notas ao MEC e ao MOPC, mas até agora ninguém responde.
Ele justificou a decisão de mobilizar em seus veículos de trabalho devido a essa falta de respostas por parte de entidades estatais.
Segundo os transportadores, há 8.000 pessoas neste setor que estão desempregadas desde março.
A transportadora acrescentou que eles rejeitaram empréstimos de bancos e entidades financeiras, que eles procuravam como alternativas.
Por: Última Hora (PY)
