Paraguai registra 14 óbitos por chikungunya e Saúde intensifica ações em Foz e no Paraná

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O Ministério da Saúde do Paraguai confirmou nesta quarta-feira (8) 14 óbitos por chikungunya, aproximadamente 18 mil infectados e mais de 100 hospitalizados. Pelo menos 16 destes pacientes nos hospitais tem menos de um ano, destaca o informe desta semana. O país vive um surto da doença transmitida pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito da dengue, o que já chamou a atenção das autoridades sanitárias do Paraná, especialmente nos municípios próximos à fronteira. Em Foz do Iguaçu, um caso da doença foi confirmado.

Destaca o GDia que o número de casos confirmados de chikungunya no Paraguai disparou nos último 20 dias. De acordo com um informe do dia 19 de janeiro, haviam 40 pacientes internados e pouco mais de dois mil casos confirmados. No país, a doença tem levado aos hospitais bebês e pessoas com idade mais avançada. Dos 103 hospitalizados ontem, 16 tinham menos de um ano e 60 acima de 60 anos sendo que destes, 25 com mais de 80 anos, destacou o Última Hora. O ministro Julio Borba (Saúde) pediu apoio e conscientização das pessoas para eliminador os criadouros do mosquito nas residências.

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A disparada dos casos no Paraguai acendeu o sinal de alerta das autoridades sanitárias do Paraná. Foz do Iguaçu, que é unida a Ciudad del Este pela Ponte da Amizade, é um dos pontos de vulnerabilidade da doença. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou terça-feira (7) em Curitiba a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) deste ano. O encontro teve como pano de fundo um panorama da situação epidemiológica da febre chikungunya e atualização das ações desenvolvidas, principalmente, nas regiões Oeste e Sudoeste.

Participaram do encontro representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), secretarias municipais e equipes técnicas de atenção e vigilância. A mobilização e vigilância em saúde e assistência ocorrem após o Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai anunciar a existência de um surto da doença no país, além do registro de três casos autóctones no Estado, ou seja, aquele em que o paciente foi infectado na cidade onde reside.

Doença no Paraná

De acordo com o boletim semanal das arboviroses, o Paraná tem dez casos confirmados de chikungunya, sendo seis importados, três autóctones e um segue em investigação quanto ao local provável de infecção. Os casos autóctones foram registrados, além de Foz do Iguaçu, nos municípios de Pato Branco e São Miguel do Iguaçu. O boletim traz ainda 107 casos notificados e 41 permanecem em investigação.

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, ressaltou a necessidade de reforçar as ações estratégicas nessa região e uma atuação intensiva junto à população. “Estamos monitorando esses municípios que estão mais susceptíveis por conta da região de fronteira com o Paraguai. Existe o surto e como mantemos uma estreita ligação com o país vizinho, essa vigilância e alerta se fazem necessários”, disse.

De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, combater os focos do mosquito deve ser a principal ação para conter a disseminação da doença. “Nesse momento é muito importante que haja o empenho das equipes municipais de vigilância no combate ao vetor, para cortar o elo de transmissão. Ações de campo, que vão além daquelas rotineiras devem ser realizadas, assim como a mobilização da população”, reforçou.

Alinhamento de Ações

Dentre as principais recomendações da Sesa para os municípios da região estão o diagnóstico e manejo para febre chikungunya, a notificação imediata do caso (em até 24 horas), a vigilância laboratorial, o treinamento de equipes médicas e de assistência hospitalar e da atenção à saúde e, principalmente, ações junto à população para a remoção dos criadouros.

Além desta reunião, durante a manhã desta terça-feira (7), foi realizada uma videoconferência com as Regionais de Saúde e municípios (equipes de vigilância e atenção à saúde) pertencentes à Macrorregião Oeste. De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lúcia Belmonte, os últimos dados de levantamento entomológico apontam uma tendência de que essas regiões estão com risco de epidemia. “A remoção do criadouro é o principal caminho”, disse.

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