Paraná estuda criação de geoparque na região Centro-Sul

WhatsApp
Facebook
Salto e Canion São João. (Foto: Divulgação/IAT)

Prudentópolis possui paisagens de grande relevância geológica, aliadas aos outros bens naturais e culturais da região, preenchendo os requisitos para se tornar um geoparque mundial da Unesco.

Localizado no Centro-Sul do Estado, o município de Prudentópolis possui um rico patrimônio natural e imaterial e é cotado para ser o primeiro geoparque do Paraná. Apesar do nome, o termo não se refere a um parque, mas a uma área com limites bem definidos, onde locais e paisagens de grande relevância geológica, aliadas aos outros bens naturais e culturais da região, são integrados em estratégias de desenvolvimento territorial.

A iniciativa é do Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, em parceria com o Instituto PR-Turismo, Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Prefeitura de Prudentópolis.

Um geoparque constitui uma atração turística internacional com cunho científico, por ser uma área de interesse arqueológico e que conta a história da formação da Terra e das transformações ao longo dos bilhões de anos. As estratégias envolvem a conservação da natureza, a educação e a promoção do desenvolvimento econômico sustentável das comunidades locais.

De acordo com o diretor de Gestão Territorial do IAT, Mozarte de Quadros Júnior, o projeto do geoparque coloca mais uma vez o Paraná na rota internacional dos parques da Unesco. “Temos a Floresta de Mata Atlântica e as Cataratas do Iguaçu que já fazem parte dessa rota. O geoparque vem para somar o potencial turístico e ecológico do Estado”, disse.

Na prática

A criação de um geoparque leva em conta o patrimônio geológico. A ele, unem-se os demais bens patrimoniais como arqueologia, antropologia, história, esportes, cultura e artes.

Gil Piekarz, geólogo da Divisão de Geologia da Diretoria de Gestão Territorial do IAT, destaca que um geoparque é para a sociedade. “É para a comunidade se unir em um trabalho conjunto para celebrar o território. A Terra tem 4,6 bilhões de anos com montanhas e rochas de origem marinha que precisam ser preservadas para as futuras gerações, o avanço da geociência e uso turístico”, explica.

Hoje, existem 145 Geoparques Mundiais da Unesco e muitos outros em redes nacionais e continentais. O Brasil possui um geoparque na rede da Unesco – o  Geoparque Chapada do Araripe, no Ceará.

Neste ano, dois projetos de geoparques brasileiros tiveram seus dossiês aceitos para, em breve, fazerem parte da rede Unesco: o geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte (RN), e o geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, divisa entre Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS).

Muitas outras áreas no território brasileiro estão em estudo, entre elas o futuro geoparque de Prudentópolis.

Leia mais em: AEN

Mais notícias

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *