Paraná formaliza criação do ramal Foz do Iguaçu-Cascavel na Ferroeste

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Foto: José Fernando Ogura/AEN.

Na próxima segunda-feira, 13, o governo federal vai coordenar uma série de apresentações do novo plano ferroviário para grupos interessados em participar do leilão de concessão

O presidente da Ferroeste, André Gonçalves, formalizou junto ao governo federal a inclusão de um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel que vai integrar no novo traçado de 1.285 quilômetros da ferrovia. A nova ferrovia ligará Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá e será incluída no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Ministério da Economia.

“Foi efetivado o que foi acordado no ano passado quando foi elaborado o projeto. É uma etapa burocrática importante para fazer o leilão com segurança jurídica”, disse o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.

Na próxima segunda-feira, 13, o governo federal vai coordenar uma série de apresentações do novo plano ferroviário para grupos interessados em participar do leilão de concessão. Para janeiro e fevereiro estão previstas as audiências públicas e a intenção é fazer o leilão na Bolsa de Valores no primeiro trimestre de 2022. O consórcio que vencer a concorrência será responsável também pelas obras e poderá explorar a ferrovia por 70 anos. O investimento é estimado em R$ 30 bilhões.

Além do ramal Foz-Cascavel foi formalizado a inclusão de mais dois trechos: Dourados-Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e Guarapuava-Paranaguá. O investimento está previsto em R$ 2,5 bilhões na construção destas ligações pela iniciativa privada.

“Foz do Iguaçu faz parte desse entroncamento de cargas do Mercosul e esse ramal, já chamado de corredor oeste de exportação, além da forte produção da região, vai atender também o Paraguai, um dos principais produtores mundiais de grãos”, disse o prefeito Chico Brasileiro.

Hub do Mercosul

As empresas e cooperativas da região, informou Brasileiro, pretendem realizar um fórum na tríplice fronteira, organizado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento, para detalhar a integração do ramal com outros modais de transporte, como o rodoviário, e que deve em consideração até o balizamento do Lago Itaipu.

O Estado avalia que a ferrovia será um dos principais modais ao que governador Ratinho Junior chama de hub logístico do Mercosul. Seu potencial de transporte deve chegar a 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação. Destes, 26 milhões de toneladas vão seguir para o Porto de Paranaguá rumo a outros países. Será o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres refrigerado do Brasil.

A Nova Ferroeste vai passar por 49 municípios, 41 deles no Paraná e oito no Mato Grosso do Sul. Dois grandes estudos estão em andamento: o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental será finalizado ainda em setembro e o Estudo de Impacto Ambiental tem previsão para novembro.

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