O Paraná inaugurou a maior biofábrica do mundo dedicada à produção de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, uma tecnologia que impede a transmissão de vírus como dengue, Zika e chikungunya. A unidade está localizada no Parque Tecnológico da Saúde, em Curitiba, e marca um avanço significativo no enfrentamento às arboviroses.
Com cerca de 3,5 mil metros quadrados de área construída e aproximadamente 70 profissionais, a fábrica terá capacidade para produzir até 100 milhões de ovos por semana. O método Wolbachia é considerado sustentável, já que não utiliza modificação genética e permite que os mosquitos liberados passem a característica à sua prole, tornando a ação autossustentável ao longo do tempo.
O projeto é resultado de uma parceria entre o Governo do Paraná, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program. A iniciativa tem como meta atender até 140 milhões de brasileiros nos próximos dez anos, priorizando municípios com altos índices de infecção.
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Desde 2024, o método vem sendo testado em Foz do Iguaçu e Londrina, com a liberação de aproximadamente 94 milhões de mosquitos em áreas urbanas dessas cidades. A intenção agora é ampliar a aplicação da tecnologia para todo o território desses municípios.
A nova unidade fortalece o papel do Paraná como referência nacional no combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O estado já mantém ações de controle por meio de comitês intersetoriais, mutirões de limpeza, uso de inseticidas e campanhas de conscientização.
A biofábrica chega como um reforço tecnológico inovador, que deve transformar a estratégia de combate às arboviroses em todo o país, com o Paraná liderando esse processo.
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