Resultado foi 31% maior que no mesmo período do ano passado. De janeiro a outubro deste ano, 194.568 empresas foram registradas na Junta Comercial do Paraná, número superior a todas as constituições de 2019, quando 193.157 empreendimentos foram constituídos no Estado.
Mesmo com o impacto da pandemia de Covid-19 na economia, o número de novas empresas abertas cresceu no Estado em 2020. Até outubro, o saldo de aberturas na Junta Comercial do Paraná foi de 136.379 novos empreendimentos, resultado 31% maior que no mesmo período do ano passado. O saldo se refere à diferença entre as novas constituições, que se ampliaram com relação a 2019, e as baixas dos registros na Junta, que foram menores neste ano.
Na prática, mais empresas foram abertas e um menor número encerrou as atividades em 2020. O número total de novas empresas até outubro foi superior a todas as constituições de 2019, quando 193.157 empreendimentos foram registrados no Estado. De janeiro a outubro deste ano, 194.568 empresas foram constituídas no Paraná, contra 166.922 em igual período do ano passado, crescimento de 17%.
Os CNPJs encerrados chegaram a 58.189 nos dez primeiros meses, enquanto no ano passado foram 62.879, uma diferença de 8%. O crescimento aconteceu em todos os meses do ano, com exceção de abril, que teve uma queda 13% com relação ao mesmo mês de 2019. A maior variação foi em janeiro, com aumento de 58% no número de novos empreendimentos.
Mesmo com o resultado positivo, a diferença com o ano anterior foi pequena no período mais crítico da pandemia, com crescimento de 3% em maio e 9% em junho e julho. Em agosto, o salto passou a ser maior, um aumento de 18%, e o crescimento se consolidou em setembro, com ampliação de 23% na abertura de empresas. O mês, inclusive, teve o segundo melhor desempenho do ano, com 22.079 constituições, atrás de janeiro, quando 22.169 empresas foram abertas. As baixas, entretanto, aumentaram nos últimos três meses, mas o resultado geral ainda é inferior ao ano passado.
Recuperação
Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Paraná vem se recuperando aos poucos da crise causada pela pandemia. “Um reflexo dessa retomada está no número de pessoas que estão empreendendo atualmente. Da parte do Estado, cabe dar a garantia, a segurança jurídica e facilitar esse processo, para que haja menos burocracia para quem busca constituir uma empresa”, afirma
Ele lembrou que diversos indicativos positivos ratificam a retomada. A produção industrial paranaense foi a que mais cresceu entre agosto e setembro no País, um avanço de 7,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Crescimento também observado pelo IBGE em outros setores, com o comércio, que vem há cinco meses em alta, e o de serviços, que teve variação positiva de 2,6% em setembro, terceira alta consecutiva.
Além disso, o Paraná também fechou quatro meses consecutivos de saldo positivo na criação de empregos com carteira assinada.
De acordo com o levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério da Economia, o Estado abriu 19.732 novos postos de trabalho naquele mês.
O presidente da Junta Comercial do Paraná, Marcos Rigoni, também destaca que a facilidade para formalizar um novo negócio no órgão reflete nesse resultado. Desde a criação do programa Descomplica, que desburocratiza os processos de abertura, alteração e baixa de empresas, em somente 15 minutos é possível sair com o CNPJ e o contrato em mãos da Junta Comercial.
“Há um movimento nacional, em que muitas pessoas que perderam seu emprego na pandemia resolveram não ficar paradas e buscaram abrir seus negócios. Mas há também uma confiança em empreender no Paraná, por causa da facilidade e agilidade para constituir uma nova empresa”, diz Rigoni. “Tenho contato diário com contadores do Paraná inteiro e eles afirmam que há confiança na política do governo de diminuir a burocracia, que traz facilidades aos empreendedores”, salienta.
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