A Polícia Civil do Paraná (PCPR) salvou 300 cães que estavam vivendo em situações insalubres em uma casa no bairro São Lourenço, na capital paranaense, nesta quinta-feira (19). A ação é a maior da história do Paraná em relação a animais domésticos e contou com o apoio da Prefeitura de Curitiba. A dona dos cães foi presa em flagrante por maus-tratos.
A PCPR identificou que eles viviam sem água e alimento. No local, os policiais civis ainda apuraram que havia uma densa camada acima do chão, feita por fezes e urina dos próprios animais. Os animais estavam em um local apertado, sem espaço entre eles. Além disso, a PCPR identificou diversos cães vivendo há anos dentro de caixas de transporte para viagens e apurou que, por estarem presos, não conseguem andar.
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Os policiais civis constataram que vizinhos reclamavam do forte odor e comércios próximos chegaram a fechar as portas após os clientes advertirem do cheiro vindo da residência. Além disso, a PCPR apurou que os animais estavam correndo risco de morte. A dona não morava no local e não ia à residência com frequência.
O delegado Guilherme Dias afirma que essa ação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da PCPR só foi desencadeada graças ao apoio da população. “A participação da população na apuração dos crimes de maus-tratos é muito importante. O Boletim de Ocorrência pode ser feito de forma virtual no site da PCPR. A denúncia também pode ser feita de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181 ou pessoalmente na delegacia mais próxima”, acrescenta.
“Esta ação demonstra o quanto é importante a efetividade do combate aos maus-tratos aos animais e a atuação conjunta com o município e com as ONGs que fazem e farão agora um grande trabalho para cuidar desses animais que foram encontrados”, afirmou a delegada chefe da Divisão de Polícia Especializada da PCPR, Luciana Novaes.
A Prefeitura de Curitiba prestou apoio com o manejo, catalogação e transporte dos animais pela Rede de Proteção Animal, além da limpeza dos canis com equipes do Departamento de Limpeza Pública. .
Os animais ficarão sob responsabilidade do Instituto Fica Comigo, parceiro da Rede, que deve assumir a rotina de cuidados diários dos animais até a recuperação. Eles serão disponibilizados para adoção.
“O trabalho em conjunto foi essencial. Antes do auxílio da PCPR não conseguíamos ter acesso ao local, como são muitos animais. ONGs e outras entidades não têm como retirá-los do local, mas agora teremos como cuidar deles”, explicou a presidente do instituto, Carla Negochdle.
AEN