O presidente da Câmara de Vereadores, Sabino Picolo (DEM), anulou a eleição entre as vereadoras, para definir quem iria representar a Casa na Procuradoria da Mulher de Curitiba.
A decisão gerou estranheza entre as edis, uma vez que foi o próprio Sabino Picolo que enviou ofício para as mesmas se reunirem e escolherem quem seria a indicada.
A Procuradoria é o órgão que tem como prerrogativa propor e acompanhar projetos e ações ligados às questões femininas.
Ao que tudo indica, o resultado da eleição não agradou, comenta a vereadora Maria Letícia Fagundes (PV). Com sete vereadoras presentes e uma ausente, ela foi escolhida por unanimidade para a função.
Ao anunciarem o resultado, Picolo elaborou um ofício e pediu para que fossem convocadas novas eleições. Em plenário, Maria Letícia disse que o presidente tratou a situação com machismo.
“Parece uma questão de gênero, já que ele está manipulando e anulando a escolha de sete mulheres”. A negativa de Picolo levantou outra questão: a política. Maria letícia não integra a base do prefeito Rafael Greca.
“Será um absurdo que as vereadoras tenham que se reunir novamente para eleições”, completa Maria Letícia. “Legalmente, estou de mãos atadas, já que a ação de escolha faz parte das prerrogativas do presidente que esta situação seja resolvida”.