Polícia Ambiental prende nove caçadores no Parque Nacional do Iguaçu

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A Polícia Ambiental e o ICMBio atuam com frequência para coibir a caça no parque (armas apreendidas no parque) Foto: Polícia Ambiental

Apesar da política de orientação e de fiscalização nos municípios ao entorno do Parque Nacional do Iguaçu, os caçadores não respeitam as leis e continuam praticando a caça e a pesca no interior da reserva.

De acordo com o balanço publicado pela Polícia Ambiental, de janeiro a maio deste ano já foram presas nove pessoas e apreendidas seis armas de fogo de calibres 12, 22 e 36. Oito acampamentos utilizados por caçadores foram destruídos. 

Neste mesmo período já foram realizadas seis operações entre Polícia Ambiental e ICMBIo. Durante essas operações, são feitas incursões no meio da mata nos mais diferentes municípios ao redor do parque. Mas a vigilância tem sido constante e a comunidade vem auxiliando, oferecendo denúncias contra os caçadores.

O ICMBio informa que o objetivo dessa vigilância permanente é “proteger a nossa biodiversidade, uma das mais ricas da região Sul do país. Entre os oito acampamentos destruídos nos primeiros cinco meses do ano, existiam 65 estruturas próprias para caça no interior do parque. (ver box).

O ICMBio encaminhas os infratores presos em flagrante para a Delegacia de Polícia Federal mais próxima. O crime de caça e pesca ilegais é de competência federal e os envolvidos recebem multa, medidas cautelares e responde por crimes nas áreas cível e criminal.
“Além de desrespeitarem a legislação ambiental e subtraírem exemplares da fauna e flora brasileira já ameaçadas de extinção, causando dano ao nosso maior remanescente de Mata Atlântica, essas pessoas colocam em risco a vida de todos os agentes de segurança, servidores envolvidos e suas famílias, além de seus próprios familiares e a comunidade onde residem”, destaca o ICMBio.

Astúcia dos caçadores para atrair os animais

Nos primeiros cinco meses de 2020 foram encontradas 65 estruturas próprias para a caça dentro do Parque Nacional, que estavam próximo aos oito acampamentos destruídos.

Foram destruídas 22 cevas (feitas com milho ou frutas para atração e abate de animais silvestres), 10 saleiros (assim chamado o local onde é colocado saco ou pote com sal, que goteja no solo e atrai animais silvestres como o porco-do-mato (Tayassu pecari), a anta (Tapirus terrestres), o veado (cervídeos), entre outros) e 33 jiraus (poleiro de madeira armado na mata, amarrado com cipós ou preso com pregos, próximo aos saleiros e cevas para a espera do animal e posterior abate com arma de fogo).

A pesca predatória pode gerar multa de até R$ 100 mil

Desde setembro de 1999, a Polícia Ambiental do Paraná atua na defesa e preservação da fauna, flora e demais recursos naturais na Itaipu Binacional e região.

Umas das ações desenvolvidas pelas equipes da Polícia Ambiental é coibir a pesca predatória no reservatório de Itaipu, a qual garante a exploração sustentável dos recursos pesqueiros e a proteção de suas margens, no lado brasileiro.

O abate ilegal dos peixes no reservatório gera prejuízos irreparáveis a conservação das espécies, e para preservar esta biodiversidade os policiais ambientais realizam diariamente o patrulhamento aquático em toda a extensão do Lago de Itaipu.

O desrespeito à legislação vigente pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à Polícia Federal para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção. Além de serem multados administrativamente em um valor que varia de R$ 700,00 a R$ 100 mil, e mais R$ 20,00 por quilo do pescado já capturado irregularmente. 

Somente este ano a Polícia Ambiental do Paraná apreendeu no Lago de Itaipu 1.540 metros de espinhel, 6.252 metros de rede de pesca, 03 tarrafas, 185 unidades de varas de pesca e 242 unidades de outros apetrechos como “João Bobo”, covos, etc.

Por: GDia

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