Polícia e MP buscam mais provas de irregularidades na iluminação LED em Foz do Iguaçu

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Foto: Reprodução Ricardo Azevedo / JNT

A Operação Luz Oculta deflagrada pelo Ministério Público com apoio da Polícia Civil desencadeou mais uma etapa e apreendeu lâmpadas, selos e outros materiais na Prefeitura e ruas de Foz do Iguaçu.

O processo licitatório e o contrato para instalar iluminação LED são objeto de investigações porque há suspeita de superfaturamento da ordem de R$ 3,4 a R$ 5 milhões. O contrato firmado pela Prefeitura com a Energepar, vencedora da licitação, é de R$ 10,2 milhões.

Depois da operação, que provocou grande tumulto na sede do DRM, o promotor Marcos Cristiano de Andrade falou com a imprensa e disse que durante a licitação todas as empresas foram desclassificadas por não possuíram certificação do Inmetro.

Quem venceu a concorrência foi a Energepar, a única a apresentar o selo Inmetro. “Depois, descobriu-se que essa empresa também não possuía o registro do Inmetro, argumento principal para desclassificar as demais concorrentes”, explicou o promotor.

Os selos e outros materiais recolhidos nesta fase da operação deixaram o promotor com a pulga atrás da orelha. “Me causou estranheza a má qualidade dos selos. Alguns estão se desfazendo e isso não é natural, mas eu não posso afirmar se eles são falsos, porque o material será periciado”, diz Andrade.

O representante do Ministério Público e os policiais envolvidos na operação, também perceberam que não havia conectores e que as braçadeiras estavam sem parafusos, apenas coladas com fita isolante. “A licitação e o contrato exigia os conectores para ligar as lâmpadas na rede e esses conectores não foram encontrados nos equipamentos apreendidos”, disse o promotor.

Outro ponto que está sendo investigado é a origem das luminárias. “Informaram que compraram da empresa X e essa empresa disse não ter vendido para a Prefeitura de Foz. Por isso estamos investigando as marcas dos produtos e se foram falsificados”.

Marcos Cristiano Andrade recordou que na primeira fase da operação foram apreendidos celulares, computadores e documentos. Também foi decretada a quebra do sigilo bancário e telefônico dos suspeitos. “Estamos aguardando o resultado da perícia para ouvir todos os suspeitos e fazer novas diligência”, explicou o promotor.

Por: GDia

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