Policiais cumprem sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em cidades do noroeste e oeste do estado. Criminosos atuavam na região da fronteira com o Paraguai
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa composta por falsos policiais, que são investigados por roubar traficantes e contrabandistas, no Paraná. A ação foi desencadeada nesta sexta-feira (21).
A operação cumpre sete mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão nas seguintes cidades do noroeste e oeste do estado: Guaíra, Cianorte, Umuarama e Terra Roxa.
Segundo a PF, a organização criminosa está ligada ao tráfico internacional de drogas e armas, além de contrabando, descaminho e roubos. Entre as mercadorias também estão medicamentos, cigarros e eletrônicos.
O grupo atuava na região da fronteira do Brasil com o Paraguai, no Paraná. Os alvos eram preferencialmente outros criminosos, como traficantes e contrabandistas.
Para isso, os homens se passavam por policiais, com a utilização de viaturas e uniformes falsos. Segundo a PF, os suspeitos faziam abordagens violentas e sequestravam os alvos. As mercadorias ilícitas roubadas voltavam ao mercado por meio de receptadores.
A organização contava ainda com o apoio de batedores e olheiros que trabalhavam para traficantes e contrabandistas. Segundo as investigações, essas pessoas repassavam informações dos alvos para os falsos policiais.
A polícia informou que as investigações começaram há seis meses, quando os agentes identificaram um suspeito de Cianorte que adquiria produtos paraguaios abaixo do preço praticado no país vizinho, o que levantou a suspeita de roubo.
A PF afirmou que um operador financeiro do grupo movimentou R$ 9 milhões, nos últimos seis meses. Durante as investigações, os agentes apreenderam armas e outros equipamentos usados pelos criminosos.
A Justiça Federal autorizou o bloqueio de 50 contas bancárias, o que representa cerca de R$ 20 milhões, além do sequestro de cinco imóveis, de acordo com a polícia.
Ao todo, 60 agentes participam da operação, batizada como Interceptor.
As informações são de G1 Globo