A Polícia Nacional deflagrou, nesta semana, uma série de operações para combater falsos guias de turismo que levam turistas brasileiros para assaltos em Ciudad del Este, no lado paraguaio da tríplice fronteira. As ações, realizadas a pé sob o comando do comissário-geral, o inspetor Osvaldo Ávalos, tem como foco a região próxima a Ponte Internacional da Amizade e foram deflagradas após uma série de denúncias ganharem destaque na imprensa brasileira, ressaltou o Diário ABC Color.
Adianta o GDia que de acordo com o chefe da operação, este ano foram recebidas 14 denúncias de turistas por golpes e roubos, mas não há registro de sequestros expressos, conforme noticiado em reportagem levada ao ar pela RPC TV de Foz do Iguaçu. Ávalos explicou que os turistas geralmente são atraídos pelos ‘pirañitas’ (falsos guias) no lado brasileiro, de onde são trazidos e levados aos prédios de Ciudad del Este, onde acabam roubados ou enganados.
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“Eles são conduzidos nos prédios e onde funcionam os supostos negócios não autorizados e aí são praticamente assaltados. Se eles não têm dinheiro, são obrigados a fazer uma transferência pelo Pix brasileiro”, disse Ávalos. Para combater este tipo de prática, a Polícia Nacional intensificou, segundo ele, os controles principalmente aos guias que trabalham de maneira informal.
A estimativa é que aproximadamente 200 pessoas fazem esta prática, quatro vezes mais dos que estão habilitados pela Prefeitura de Ciudad del Este. Em função disto, o comissário-geral anunciou maior presença policial nas imediações dos shoppings que recebem mais denúncias de turistas, ou mesmo o ingresso de agentes de investigações nos estabelecimentos da região central, para identificar os falsos locais de comércio.
Cobrança antiga
As denúncias contra este tipo de crime têm sido feitas por entidades empresariais que cobra uma resposta firme das instituições para fazer frente à onda de ilegalidade que afugente a chegada de turistas ao Departamento de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este.
Em dezembro de 2021 foi lançada uma campanha denominada “Piraña Zero”, um trabalho conjunto da Prefeitura, Ministério Público e Polícia Nacional. Nos primeiros meses, as ações permitiram uma importante redução de casos, porém este tipo de combate acabou sendo extinto no decorrer dos meses, ressalta a imprensa do Paraguai.
