Policial civil e advogado de Foz do Iguaçu são investigados por falsificação de RGs

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Um policial civil, um ex-policial e um advogado de Foz do Iguaçu estão sendo investigados por envolvimento em um esquema voltado para a falsificação de documentos. Os suspeitos foram alvos de uma operação desencadeada pela Divisão de Combate à Corrupção (Decor), na manhã de terça-feira (6).

Durante a ação de ontem os agentes cumpriram cinco ordens de busca e apreensão, sendo uma na casa do policial civil da ativa, outro na casa do ex-policial e três em escritórios de advocacia. Vários documentos foram recolhidos e passarão por análise na tentativa de identificar mais envolvidos no crime. Durante o cumprimento dos mandados, duas pessoas foram autuadas por posse de armas de fogo sem registro.

Conforme apurado, o grupo “trabalhava” na emissão de Carteiras de Identidade (RGs) falsas, que eram destinadas a pessoas de origem estrangeira. Muitos dos “clientes” sequer moram em Foz, mas conseguiam obter o documento à distância por meio de uma intermediação feita pelo advogado envolvido.

O servidor da Polícia Civil, que atuava no Instituto de Identificação, é apontado como sendo o responsável pela emissão e entrega dos documentos. Todos os investigados foram encaminhados à sede da Decor, onde foram ouvidos. O policial está afastado da função desde o início do ano e deve permanecer em tal condição até a total apuração dos fatos.

De acordo com a polícia, as investigações que desencadearam a operação já estão ocorrendo há cerca de seis meses. Entretanto, não foram repassados maiores detalhes para não atrapalhar o desenvolvimento.

A ação deve apurar agora se o policial envolvido no esquema recebia alguma vantagem ou dinheiro para fazer o trabalho de falsificação, e como os dados dos estrangeiros eram inseridos no sistema.

Segundo a Decor, com os documentos falsos os estrangeiros eram amplamente beneficiados, já que conseguiam emitir passaportes e sair do país sem complicações. A polícia não descarta um novo desdobramento.

Fraude recorrente

A falsificação de documentos não é um esquema recente e já resultou em outras ações policiais no Oeste. Em 2019 a Delegacia de Estelionato de Curitiba, o Instituto de Identificação e a Divisão de Combate à Corrupção desencadearam a 4ª fase da Operação Vucetich em Cascavel. A ação cumpriu oito mandados de busca e apreensão em empresas.

Segundo as investigações na época, a organização confeccionava carteiras de identidade fraudulentas para foragidos da Justiça. Os suspeitos usavam os documentos falsos para cometer crimes de estelionato e abrir empresas.

Em fases anteriores da mesma operação foram cumpridas ordens de busca e apreensão em Maringá, Curitiba, Cerro Azul, Rancho Alegre D’Oeste e Toledo. Pelo menos oito pessoas foram presas, entre empresários e um servidor público. Os criminosos chegaram a falsificar mais de 160 carteiras de identidade no período em que atuaram.

As informações são de GDia.

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